Carlos Pessoa Rosa

Carlos Pessoa Rosa nasceu no Brasil em 6.9.1949

Médico e escritor.

Obras: A cor e a textura de uma folha de papel em branco, Contos, prêmio UBE/CEPE de ficção nacional, 1998, publicação pelo Centro de Editoração Pernambuco (CEPE).
Mortalis: um ensaio sobre a morte, prêmio ensaio, Editora Livro Aberto-Xerox.
Destinos de Vidro: Contos premiados, Editora meiotom, 1992.

Pelo Coletivo Dulcinéia Catadora: Não sei não… (histórias que o povo conta, mas do meu jeito de contar) e Sobre o nome dado, contos.

Novela híbrida “Vamos meu caranguejo vermelho das ilhas de Trobriand”, no livro Memória e Imagem da Universidade Federal de São Carlos – Organizadores: Josette Monzani e Luiz R. Monzani – Ed. Pedro & João Editores (pedrojoaoeditores@terra.com.br)

No prelo, lançamento previsto para julho 2013, Uma casa bien abierta, infantil, Pequeño editor – Buenos Aires – Argentina.

Com textos publicados sobre ética no UOL, poesia no Instituto Piaget em Portugal, contos na Revista Polichinelo, contos e ensaios na Revista Olhar da Universidade Federal de São Carlos, ensaios e resenhas na Revista Ser Médico do Conselho de Medicina, Revista Linguagem Viva, textos no site Germina e Cronópios.

Prêmio mais recente – 2010:
Literatura para todos – Ministério Educação e Cultura Brasil – livro ‘Sabenças’ – Novela.

Editor do site www.meiotom.art.br e blog correspondente.

Mais:

Artigos:

Una Casa Bien Abierta Junho 10, 2014 - Una casa bien abierta CARLOS ALBERTO PESSOA ROSA Y CLAUDIA LEGNAZZI | Un niño está solo en la playa, un día de lluvia. Jugando, piensa en la palabra “casa”, la escribe en la […]
VAI CHOVER – DÉCIMO QUARTO CAPÍTULO Junho 10, 2014 - O pai atua a raiva no truco. Tem chegado em casa todos os dias bêbado. Mulher e filha acreditam que sofre pelo mesmo motivo. Mas foi a presença da primeira filha na igreja […]
VAI CHOVER – ÚLTIMO CAPÍTULO Junho 10, 2014 - As pessoas apressadas na rua, Val olha para o relógio, hora da partida. No céu algumas nuvens negras: Vai chover, diz a sim mesma, e segue na direção da plataforma que a levará […]
A COR E A TEXTURA DE UMA FOLHA DE PAPEL EM BRANCO – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Quarto Episódio Novembro 17, 2013 - O gringo, o marido da húngara que se apaixonou pelo pernambucano, sabia tudo o que falavam de Cristo, conhecia cada sentido bíblico. Trabalhador exemplar, treinava brasileiros em uma multinacional. A guerra não lhe […]
A COR E A TEXTURA DE UMA FOLHA DE PAPEL EM BRANCO – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Terceiro Episódio Novembro 16, 2013 - Ele gostava de matutar coisas inúteis. Elas vinham e iam como os insetos que voejavam o lixo. O que mais poderia fazer um pobre morador de uma vila esquecida pelas autoridades? Água, algumas […]
A COR E A TEXTURA DE UMA FOLHA DE PAPEL EM BRANCO – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Segundo Episódio Novembro 10, 2013 - Além das crostas, gostava de brincar com as palavras, frases e sintaxes. Elas permitiam o jogo, mantinham o pouco que restou de sua individualidade. Levavam personagens para a rua e traziam pessoas para […]
A COR E A TEXTURA DE UMA FOLHA DE PAPEL EM BRANCO – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Primeiro Episódio Novembro 9, 2013 - Dedo indicador no nariz, o homem fuçou o buraco calmamente. Parou a ponta do dedo na frente dos olhos. Notou a estreiteza do campo visual, daí aproximar e afastar o dedo procurando o […]
CRIATURAS DE BALTASAR – Folhetim em Catorze Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Décimo Quarto Episódio Novembro 3, 2013 - A mulher pegou seus objetos pessoais e saiu, não teria coragem de encará-lo e dizer que tinha medo. Passeou os olhos uma última vez pela sala, já estava se acostumando a ela. Chamaram […]
CRIATURAS DE BALTASAR – Folhetim em Catorze Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Décimo Primeiro Episódio Outubro 27, 2013 - A água descia pelo amorenado da mulher e desaparecia no ralo. Não lavava as idéias, nem levava os restos do prazer que ficaram. Por que ficar perfumada se não havia decidido a ficar? […]
CRIATURAS DE BALTASAR – Folhetim em Catorze Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Décimo Episódio Outubro 20, 2013 - As partes interessadas estavam sentadas, aguardando sua chegada. Ao redor da mesa de mogno todos riam, um igual ao outro. A diferença estava nele, detestava piadinhas de mau-gosto, preferiria estar em casa, ao […]
CRIATURAS DE BALTASAR – Folhetim em Catorze Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Nono Episódio Outubro 19, 2013 - Vacilou na linha que separava o mármore, da pedra vagabunda. Tornava-se cada vez mais difícil assumir a rotina do dia-a-dia. A identidade, registro geral quatro milhões, trezentos e trinta mil, duzentos e vinte […]
CRIATURAS DE BALTASAR – Folhetim em Catorze episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – oitavo episódio Outubro 13, 2013 - De repente, a mulher sentiu frio. Os olhos vasculharam cada dobra do apartamento. Com certeza, tratava-se de um homem com hábitos estranhos, nunca entrara em uma sala daquelas, mais parecia um templo, a […]
CRIATURAS DE BALTASAR – Folhetim em Catorze episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – sétimo episódio Outubro 12, 2013 - Considerou absurdo o romantismo momentâneo. Com certeza, ajeitava as coisas para desaparecer, todas agiam assim. Adorava seu espaço, um mundo muito particular, sem o ruído que faziam as correntes presas nas pernas e […]
CRIATURAS DE BALTASAR – Folhetim em Catorze Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Quinto Episódio Outubro 5, 2013 - Nunca foi tratada assim por ninguém, mesmo o convite para que ela o acompanhasse ao apartamento foi muito natural. Até aquele momento, além de um toque de dedos, um ou outro olhar mais […]
CRIATURAS DE BALTASAR – Folhetim em Catorze Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Quarto Episódio Setembro 29, 2013 - A mulher acompanhou todo o movimento do homem que conhecera na noite anterior através do olho mágico. Tão logo desapareceu, voltou-se para a sala. Apalpou o próprio corpo, algumas peças que estavam sobre […]
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CRIATURAS DE BALTASAR – Folhetim em Catorze Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Segundo Episódio Setembro 15, 2013 - Você vai chegar atrasado, fez saber uma voz feminina. A luz, interceptada pelas grades da janela, fatiou o corpo de uma mulher nua. Fitou o corpo zebrado pelas sombras dos ferros sem perceber […]
TIRAS – Folhetim em Quatro Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Terceiro Episódio Agosto 10, 2013 - Bambambã da zona, dizia jornal no outro dia. Filho-mais-velho-em-tudo-igual-ao-pai, aquele da pinta no pinto, lê e não acredita. O pai sempre foi de pá, lavra, sol e sins, nunca de tiros. Nessas horas […]
TIRAS – Folhetim em Quatro Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Segundo Episódio Agosto 4, 2013 - A mulher se dizia, já não o faz mais, emudeceu como a tarde, escureceu sem lua. A única luz está na lembrança do arraial. O resto foi prostituição, boceta aberta por reais que […]
TIRAS – Folhetim em Quatro Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Primeiro Episódio Agosto 3, 2013 - Amâncio-casado-pai-de-dois-filhos. Mãos de dedos longos, longa mão. Linhas forasteiras cavadas no deserto do rosto. Pelado de palavras; soltas palavras que nada exigem da vida: Deus, obrigado, sim-senhor… Lavras e sol na pá de […]
A LUA É FEMININA – Folhetim em Seis Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Quarto Episódio Julho 21, 2013 - A mulher do 31 conhece o gosto de todos os uísques. Ela morre e ressuscita todos os dias. Conheceu o ritmo da Lua muito cedo. Daí ser uma das poucas pessoas a sorrir […]
A LUA É FEMININA – Folhetim em Seis Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Primeiro Episódio Julho 14, 2013 - O céu encostou os ouvidos nas janelas dos prédios, aproximou perigosamente a Lua e as estrelas, da vida.No apartamento 22 de um prédio antigo, até o homem que se distrai com a intimidade […]
MUDAR AS REGRAS OBRIGA UM TEMPO DE GUERRA – Folhetim em Seis Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Sexto Episódio Junho 16, 2013 - Andava por não ter amigos, nas ruas ninguém é amigo de ninguém, individualismo extremo, disfarces não funcionam. Com eles a cobrança vem junto, sem limites. Não adiantaria voltar para casa, há anos não […]
MUDAR AS REGRAS OBRIGA UM TEMPO DE GUERRA – Folhetim em Seis Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Quarto Episódio Junho 9, 2013 - Com o estrangeiro foi diferente, fitou a orelha e deixou som entrar, assim como faz quando ouve Moderato Místico. Não compreendeu o que ele queria dizer quando viu que ela também gostava de […]
MUDAR AS REGRAS OBRIGA UM TEMPO DE GUERRA – Folhetim em Seis Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Primeiro Episódio Junho 1, 2013 - O bulício na frente do prédio da Gazeta arrastou um monte de rostos jovens pela calçada. Ouviu alguns gracejos, soltou alguma grosseria, sempre prosseguindo. Por mais que se esforçasse, música alguma aliviava o […]
FNLIJ Maio 30, 2013 - Carlos Pessoa Rosa e Ruth Kaufmann estarão na FNLIJ – Rio de Janeiro, 31.5, 11h, para apresentação dos livros Una Casa Bien Abierta e Donde la Ciudade Termina, publicados pela Pequeño Editor, Buenos […]
O SUSTO NÃO FOI A MORTE ACIDENTAL, MAS A GRAVIDEZ – Folhetim em Seis Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Sexto Episódio Maio 26, 2013 - Não poderia permanecer ali sentada, o homem no colo e a lâmina com sangue coagulado nas mãos. O corpo estava quente. Precisaria sair em carreira antes que os homens da lei chegassem. Em […]
O SUSTO NÃO FOI A MORTE ACIDENTAL, MAS A GRAVIDEZ – Folhetim em Seis Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Quinto Episódio Maio 25, 2013 - Não tem fotografia da mãe nem do pai. A dele a mãe queimou todas, nem o álbum de casamento guardou. Com a expulsão, conheceu o gigolô. Fazia ponto em um bar próximo da […]
O SUSTO NÃO FOI A MORTE ACIDENTAL, MAS A GRAVIDEZ – Folhetim em Seis Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Segundo Episódio Maio 12, 2013 - Prazer igual, nem quando a lâmina cortou o couro e lançou um ruído áspero no miúdo da chuva. Nunca imaginou que matar alguém pudesse provocar orgasmo. Não disse a ninguém, nem mesmo ao […]
UMA RAIVA APRISIONADA EM BLOCOS DE GELO – Folhetim em Seis Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Sexto Episódio Maio 5, 2013 - Música e silêncio. Descanso final. Cansava-se com as frases que surgiam em surtos já paralisadas de qualquer ato possível. Nunca imaginou que a espera da morte fosse tão cheia de delírios, como se […]
UMA RAIVA APRISIONADA EM BLOCOS DE GELO – Folhetim em Seis Episódios da autoria de carlos Pessoa Rosa – Quinto Episódio Maio 4, 2013 - No velório, a música escolhida deverá ser Oblivion, deixou escrito nas últimas recomendações de um morto. Também deixou uma carta aos filhos para que eles compreendessem que o ato nada tinha a ver com suas […]
A VERDADE E A MENTIRA – Folhetim em Doze Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Nono Episódio Março 17, 2013 - Dizem nos corredores da corte que o povo vive com circo e pão o que é distribuído fartamente de modos vários, sabendo os reis que no continente todas as pessoas admiram o futebol, […]
A VERDADE E A MENTIRA – Folhetim em Doze Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Oitavo Episódio Março 16, 2013 - Dizem nos corredores da corte que o povo vive com circo e pão o que é distribuído fartamente de modosvários, sabendo os reis que no continente todas as pessoas admiram o futebol, que até rei […]
A VERDADE E A MENTIRA – Folhetim em Doze Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Sexto Episódio Fevereiro 24, 2013 - Verdade ou mentira, o que sei é que, como resultado desse embate, houve uma atração cada vez maior das pessoas pela luxúria, pela gula e pelo vício… Torceram o nome e o verbo. […]
A VERDADE E A MENTIRA – Folhetim em Doze Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Terceiro Episódio Fevereiro 16, 2013 - Não estavam acostumados os da ilha da Verdade às práticas de guerra, mas sim às do argumento. Também, mesmo esgotadas as últimas tentativas, acreditando na força da verdade, nada fizeram para se proteger. […]
CASAR TEM MUITO DE TREPAR COM CADÁVERES – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Sexto Episódio Janeiro 27, 2013 - Na avenida, seguiu à esquerda, evitava assim a Livraria Cultura, estava cheio de tudo que vinha carimbado com o selo do sistema. Não acreditava haver literatura em mensagens servidas como um pudim depois […]
CASAR TEM MUITO DE TREPAR COM CADÁVERES – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Quarto Episódio Janeiro 20, 2013 - Dentes-marfim… A boca mais parecia uma vagina mordendo e engolindo o sêmen. Na noite, chamas queimam mais, lábios engolem e nos distanciamos das regras e das leis. O crime cometido na noite é […]
CASAR TEM MUITO DE TREPAR COM CADÁVERES – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Terceiro Episódio Janeiro 19, 2013 - Assim que acordasse, a mulher ouviria Jorge Adios. Corpo de serpente, de criança que, assustada, roça o corpo no da mãe. Deixaria a água do chuveiro levar mais uma ilusão para o ralo, […]
CASAR TEM MUITO DE TREPAR COM CADÁVERES – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Segundo Episódio Janeiro 13, 2013 - Difícil escolher caminhos quando o passado não nos mantém mais e abandonamos a idéia de futuro. O andar fica mais pesado, os pés adquirem o peso de chumbo. Seguir para a Consolação ou […]
CASAR TEM MUITO DE TREPAR COM CADÁVERES – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Primeiro Episódio Janeiro 12, 2013 - Levantou-se, pegou as roupas e foi até a sala. Evitava qualquer ruído, não queria se prender a ninguém. Nem mesmo o brilho que viu nos próprios olhos refletidos no teto seria suficiente para […]
CADERNO DE POEMAS DE CARLOS ROSA: dois poemas viscerais por semana, ao longo de dez semanas… Dezembro 18, 2012 - SOLITUDE a pira em chama a vela apagada o átrio no escuro a luz que espia a raiva vulcânica a paz é tímida o latido canino o silêncio formiga a noite caída […]
REDENÇÂO – Folhetim em Dez Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Quarto Episódio Dezembro 16, 2012 - No local pernoitaram os maiores negociantes de ouro e prata, políticos e banqueiros de todos os estados. Os negociantes bancavam as orgias, atraíam assim os clientes e pessoas influentes no governo. Acompanhou grandes […]
REDENÇÂO – Folhetim em Dez Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Terceiro Episódio Dezembro 15, 2012 - O quarto arranjado como sempre apreciou. Exigência desde o primeiro dia de trabalho. A cama de casal refletida nos espelhos que ela mesma mandara colocar nas paredes. Sobre o lençol branco, uma colcha […]
REDENÇÂO – Folhetim em Dez Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Segundo Episódio Dezembro 9, 2012 - Domingo de Páscoa. E a mulher na janela sonha. Seios pensos. Desobrigada. Há muito não comunga, nem na Páscoa nem em qualquer outro dia. Antes, tudo cheirava à fartura. O corpo cobiçado. A […]
OS DENTES COMO MARFIM PEDIAM FOGO – Folhetim em Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Quarto Episódio Novembro 25, 2012 - Quanto mais idéias queimavam na boca do estranho, mais o calor das pernas da mulher que entrou apenas para pedir fogo ardia. Metia-se em encrenca e não queria. Derretia-se toda e sabia o […]
A CRIANÇA CAIU EM ALGUM RALO DA RAZÃO – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Oitavo Episódio Novembro 11, 2012 - A mulher abriu a bolsa e retirou um lenço embebido em perfume. Pedaço de espelho expõe os lábios vermelhos. Trêmulas pela falta do pó branco, mãos limpam a navalha. Rosto do macho e […]
A CRIANÇA CAIU EM ALGUM RALO DA RAZÃO – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Sétimo Episódio Novembro 10, 2012 - Já disse — mas narrador não serve de testemunha — que o homem estava perdido em alguma praia, quando um lanho transformou o pescoço do gigolô em chafariz de sangue. A luz da […]
A CRIANÇA CAIU EM ALGUM RALO DA RAZÃO – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Quarto Episódio Outubro 28, 2012 - A vida não é película animada ou drama televisivo, transformou-se em espetáculo circense. A noite é cheia de trapezistas, palhaços e animais exóticos. O absurdo habita a madrugada. Homens de branco passam em […]
RE(-A)NUNCIAR O MESSIAS – Folhetim em Trinta e Quatro Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Trigésimo Episódio Outubro 13, 2012 - Ambos são capazes de vender pó por ouro e, com o nobre metal, calar a boca dos que deveriam fazer respeitar as leis. Não se deve esperar do Senhor a solução. Não há […]
RE(-A)NUNCIAR O MESSIAS – Folhetim em Trinta e Quatro Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Vigésimo Nono Episódio Outubro 7, 2012 - As normas são das potências livre-arbítrio. E os líderes tanto governam como caem; desde o início. No poder, o senhorio centraliza, explora, organiza a defesa, torna-se feroz, faz as próprias leis. Com seu […]
RE(-A)NUNCIAR O MESSIAS – Folhetim em Trinta e Quatro Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Vigésimo Terceiro Episódio Setembro 16, 2012 - Tenho a mão direita petrificada. Seguro um texto. Não passo de uma escultura em pedra-sabão. Os passantes estudam o flagrado em instante preciso. Depois da provação do ventre da baleia… Por quê? Proibido […]
RE(-A)NUNCIAR O MESSIAS – Folhetim em Trinta e Quatro Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. – Vigésimo Sexto Episódio Agosto 29, 2012 - O Senhor mudaria rumos, fosse da vontade, sem grandes tempestades ou furiosos temporais, que não é da natureza qualquer anima humano ou divino. Às leis naturais responde o universo, e o que plantamos […]
CADERNO DE POEMAS DE CARLOS ROSA: dois poemas viscerais por semana, ao longo de dez semanas… Agosto 21, 2012 - EMBRENHAR-SE caminho de terra embrenha-se na mata mata que se embrenha na natureza natureza que se embrenha nos olhos olhos que se embrenham no poema poema que se embrenha no amarelo do Ipê […]
RE(-A)NUNCIAR O MESSIAS Folhetim em Trinta e Quatro Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Décimo Terceiro Episódio Agosto 18, 2012 - Tenho no rosto o olhar incrédulo e apático de um alienado perdido no deserto. Os ventos vividos trouxeram uma linha grossa que divide meu rosto. Separa os olhos dos lábios. Aqui não tenho […]
RE(-A)NUNCIAR O MESSIAS Folhetim em Trinta e Quatro Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Segundo Episódio Julho 1, 2012 - A única verdade é a própria. Nada sou. Não há motivo. Encruzilhadas existem em todas as estradas. Tortuosas ou retilíneas. O fruir depende dos olhares que me dirigem. Do ir e vir das […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Oitenta e Quatro Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Junho 24, 2012 - Octagésimo quarto Episódio PRÓLOGO Cena 1 A isso, os doutores chamam de cura… Saímos. Trinta anos mais velhos. Eu e esse aí, o outro de mim. Vendo tudo em branco e preto, […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Oitenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Junho 10, 2012 - Octagésimo Episódio Registro no prontuário Fixação pela escritura. O problema é transformar a ficção em realidade. Tem uma amiga de nome Lindsay que ninguém conhece. Matou um padre em nome de Maldoror. Diagnóstico: […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Oitenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Junho 9, 2012 - Septagésimo Nono Episódio Perdido 431 Pegou umas estradas de terra, tortuosas e íngremes. Noite clara e lua-cheia. As estrelas em pulsar lento. As copas enegrecidas das árvores. Pulsares. Das estrelas, da alma […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Maio 21, 2012 - Septagésimo Quarto Episódio Pesadelo 1 As balas lascavam caibros e parreiras. Algumas zuniam nos ouvidos. Obrigavam os salteadores a beirarem as paredes da casa, assim se protegiam dos tiros que vinham de […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Maio 20, 2012 - Non-sense 12 Após a era de Deus, a era da Razão. De século para século o homem empenhou-se em simplificar, em reduzir o Mistério ao indispensável. Ora, este subsiste em Deus, em sua […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Maio 13, 2012 - CAPÍTULO MCCCXL Cena 1 Esqueceram a mulher no palco, não a do roteiro da desmemória, mas a que trabalhava com Paulo Autran, portanto, a peça que pensamos ter sido apresentada. Se a engenhoca […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Maio 5, 2012 - Perdido 354 Nenhum de nós… Na maca o comatoso é corpo inerte à mercê de mãos, soros e ideias. Palavras e imagens brincam em seu cérebro sem saber se o resultado compensa. Literatura […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Quinquagésimo Quinto Episódio Abril 15, 2012 - Cena 3 Para tristeza da mãe, Lindsay cresceu igual ao pai. Não tinha interesse nem pela televisão nem pelos livros. A menina-moça gostava mesmo era de ouvir rádio. Rádio de válvulas. Lindsay não […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Quinquagésimo Episódio Março 31, 2012 - Perdido 103 (ao ouvir o tiro, a polícia invade o recinto, liberada pela policial das amarras, a mulher corre na direção do homem caído no chão, ao redor uma poça de sangue, acomoda […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Quadragésimo Nono Episódio Março 25, 2012 - Cena 2 Estou em um corredor escolhendo a roupa que vou colocar. Atravesso a porta e estou em uma espécie de baile. Passo pela multidão e chego em amplo espaço. Parece uma praia. […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Quadragésimo Oitavo Episódio Março 24, 2012 - Cena 3 Lindsay descansa na rede. Desmemória 2 Se invadirem, morremos os dois, mesmo você não tendo culpa alguma. (O homem movimentando-se, agitado, com o revólver apontado para a própria cabeça, parando […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Quadragésimo Segundo Episódio Março 3, 2012 - Perdido 103 (ao ouvir o tiro, a polícia invade o recinto, liberada pela policial, das amarras, a mulher corre na direção do homem caído no chão, ao redor uma poça de sangue, acomoda […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Quadragésimo Episódio Fevereiro 25, 2012 - Canto primeiro Risos contidos. Cenário de sombras. Cheiro de velas. Assim o clima. Os passos artificialmente leves. Um acalcanhar em medos. A moral apre(e)ndida destoava. Desde muito cedo. Dissonâncias. No presenciado na casa […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Trigésimo nono Episódio Fevereiro 19, 2012 - Non-sense 5 A barata entrou pelo ralo. Percebi como somos frágeis. Fugimos da noite. Desconhecemos as fragilidades do escuro. Com os sonhos, permanecemos diurnos. Acendemos velas aos mortos para que eles iluminem a […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Trigésimo oitavo Episódio Fevereiro 18, 2012 - CAPÍTULO VII Canto terceiro Saio da loja. Encontro a parceira diante de uma vitrina. Ela sorri tão logo me vê. Aguarda-me. Mas, ao me aproximar, entra na loja e se perde na multidão. […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Trigésimo sexto Episódio Fevereiro 11, 2012 - Noctâmbulo 1 Entro em uma loja de artes. Há dois seguranças. Sento-me em uma cadeira. O mais velho se aproxima e me diz que o assento é apenas para ser observado. Não discuto. […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Trigésimo segundo Episódio Janeiro 28, 2012 - Cena 2 Todos na mesma sala… No colo da mulher o livro, as mãos no esqueleto da novela. A mente e o corpo rígidos, agregados aos móveis. Continua enlutada nos trajes. Veem-se esporadicamente […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Vigésimo Sétimo Episódio Janeiro 8, 2012 - Roteiro 3 (terceiro-esboço) (Des)memória 3 (próximo do espelho): Não vai me dizer… Não! É claro que não! Até me admiram por isso! Isso mesmo! Você sabe! Sou admirado, um sujeito que saiu da […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Vigésimo Sexto Episódio Janeiro 7, 2012 - Perdido 989 Em estudo… Há os que arriscam… (continua)
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) – Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Vigésimo primeiro Episódio Dezembro 10, 2011 - CAPÍTULO XXXII Roteiro 1 (primeiro esboço) (Pouca luz, de modo que só se percebem sombras. No espaço, uma poltrona com uma mulher cabisbaixa, amordaçada, amarrada e nua. Um homem com barba por fazer, […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) – Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Vigésimo Episódio Dezembro 4, 2011 - Non-sense 8 Um casal fazendo 69 é encontrado mumificado na praia depois de um tsunami como se fosse uma escultura em areia e ganha manchetes na mídia internacional. O tablóide fala sobre um […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) – Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Décimo nono Episódio Dezembro 3, 2011 - Tropos 3 Nenhum dilúvio retomará ao início. Tudo será continuidade. E sobreviventes serão a repetição. Vísceras putrefatas sobre o balcão canino da negociação. As relações em balcão de açougue. Esperma perdido no fundo […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) – Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Décimo Oitavo Episódio Novembro 27, 2011 - Perdido 3 Batem na porta insistentemente: Polícia! Polícia! Abra a porta! (continua)
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) – Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Décimo Sexto Episódio Novembro 20, 2011 - Perdido 34 Lindsay… O que é de Lindsay? (continua)
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) – Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Décimo-Quinto Episódio Novembro 19, 2011 - Capítulo II Tropos 1 Chove. Faz meses, tudo seco. Agora a grama recolhida na semente se assanha. O embaçado, berço. A varanda, lugar de descanso. A luz de fundo, faca afiada a rasgar […]
UM OVO DE AVESTRUZ (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) – Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa. Décimo-Quarto Episódio Novembro 13, 2011 - Estrato 3 Avó transgressora. Caso com um religioso. Clementina o nome. Serviu ao frei. Ou ao rei. O espaço sacro brilhava. O ejaculado mantido em segredo. A diocese calou. Para o católico pecar […]
UM OVO DE AVESTRUZ – (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) – Folhetim em Setenta e Seis Episódios – Décimo Episódio Outubro 30, 2011 - Estrato 1 Ricardina levita na caduquice própria da idade. Da varanda, vejo-a sentada. Vive no inacabado e nos esquecidos. Parente deixou de ser ou mudou de grau. À mercê da obscuridade e dos […]
UM OVO DE AVESTRUZ – (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) – Folhetim em Setenta e Seis Episódios – Sétimo Episódio Outubro 22, 2011 - Perdido 78 A pausa é o porto dos prudentes. Um acaso apaga os registros da criatura viva. Aportar é descarregar as malas, esticar as pernas e pensar oceanos. Incauto quem não aborta para […]
A CRIANÇA CAIU EM ALGUM RALO DA RAZÃO – Folhetim em Oito Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa.- Primeiro Episódio Outubro 21, 2011 - Ziguezaguear passos, coxas bojudas e calcanhares finos metidos em sapatos vermelhos. Amordaçada pela roupa preta grudada às linhas e um echarpe da mesma cor, com delicadas linhas douradas, enrolado no pescoço. Na noite, […]
UM OVO DE AVESTRUZ – (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) – Folhetim em Setenta e Seis Episódios – Sexto Episódio Outubro 16, 2011 - Movimento segundo Diante da plateia, um sujeito caminha de um lado a outro, fala de um modo fragmentado, carrega um livro na mão que, às vezes, folheia: trópicos transparentes de deuses embutidos em […]
UM OVO DE AVESTRUZ – (Como as baratas que conhecem as trilhas do escuro) – Folhetim em Setenta e Seis Episódios da autoria de Carlos Pessoa Rosa – Terceiro Episódio Outubro 8, 2011 - Capítulo XXVI Non-sense 1 Há um longo silêncio de espera. Nem sossego, nem paz, nem calma. Aflora o vazio, a agonia do nada. Espreita-se. Como faz o lobo no final de tarde. Então […]
71º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Setembro 25, 2011 - Eu muito próximo do lugar onde não há mais para onde ir, a morte será sempre o presente do futuro, só quem conseguir o livro conhecerá a obra de Samuel F., mas não […]
69º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Setembro 18, 2011 - Se não, os filhos cresciam dormindo no quarto dos pais, depois na sala, os mais felizardos ganhavam um quarto, nós pertencíamos a esse grupo, André não, como não havia homem em casa, demorou […]
67º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Setembro 11, 2011 - Clara diz ser Mozart, tocaram no velório dele, último pedido junto ao de não deixarem encomendar o corpo ao modo cristão, passei a apreciar Mozart ao escrever, a me acompanhar nos surtos, é […]
65º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Setembro 4, 2011 - daí André viver a vida dos outros, não a dele, mas ela ali, dependurada no muro, eu torcendo para que caísse, muito mais tarde quis bolinar comigo, o irmão de castigo no quarto, […]
59º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Agosto 14, 2011 - Merda! O alarme da fábrica. 7h00. Já não sei dia e hora. Sinto alguém no quarto. Procuro nos cantos, sem sucesso. A colcha é feita de retalhos coloridos. Depois da alta é a […]
56º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Agosto 6, 2011 - O que está precisando, vamos ver… A fita para a Remington Rand que foi de seu pai? Engulo o último gole do café confirmando com a cabeça. Então vamos lá… Segue na direção […]
54º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Julho 24, 2011 - Será internado tão logo não tenha mais ninguém, hoje sei que é doente, conversei com o médico, falou-me que há um componente genético em algumas psicoses, que o álcool pode desencadear surtos, mas […]
53º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Julho 23, 2011 - Necessito do outro de mim, a impossibilidade da literatura me destrói, preciso do excesso, do caminhar no limite, nas fronteiras, o mundo eu já perdi, estou pronto novamente para dizer, como ela, na […]
52º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Julho 17, 2011 - Ela havia saído. Senti-me aliviada. O filho retornou antes. Estava preparando um caldo verde quando chegou. Ouvi a sineta, entrou primeiro no escritório, sempre age assim, como o pai, temos um gato, o […]
51º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Julho 16, 2011 - Quinze dias… Um martírio. O apito. Levantar, escovar os dentes, tomar meu lanche matutino, passar o dia andando sem objetivo, fazendo compras, jogando conversa fora, suportando comentários e preconceitos do André, a assistente […]
49º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Julho 3, 2011 - O mundo ao redor mudou, poderia arrumar outro companheiro, oportunidades não faltaram, a gravidez mudou meu corpo, tornou-me mais mulher nos gestos, mas quando o medo tem sua raiz na infância há muito […]
48º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Julho 2, 2011 - Isto quer dizer que ele saberá tão logo saia daqui. Não patrão, pode ficar sossegado… Só vou dizer se o senhor for para a máquina de escrever com uma garrafa de uísque ao […]
47º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Junho 26, 2011 - Entro e fecho a porta, giro a chave duas vezes em sentido horário até o ruído da trava, coloco-a no prego, estranha sensação que me toma, déjà vu, única palavra que me recordo […]
45º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Junho 19, 2011 - Quase me esqueço… Retiro a chave do bolso, coloco-a na fechadura, dou duas voltas até ouvir o ruído do trinco. Suspiro fundo. Filho de uma anta! Ler meus textos! Melhor tomar os medicamentos, […]
42º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Junho 11, 2011 - o posso fazê-lo enquanto estiverem no meu pé, fiscalizando meus passos… Depois, retomar à escrita caótica e desejante… Precisam de algum tempo ou alguma desgraça provocada pela natureza para me esquecerem. Enquanto isso, […]
41º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Junho 5, 2011 - E na casa nunca me senti só como agora ao ver essas crianças, empilhamentos de ossos, brincarem em águas empoçadas e fétidas, corpos com suas úlceras pútridas nas calçadas aguardando um trocado ou […]
38º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Maio 28, 2011 - Nada disso Amélia, nunca estive tão singular, tão igual, tão normal… Não se preocupe. Isso é verdade, se o senhor fizer a barba e pentear o cabelo, ninguém vai desconfiar de onde veio, […]
31º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Maio 1, 2011 - Alguns morrem dependurados na cerca, vítimas de alucinações, quando o louco avança em territórios arcaicos com seus manjaléus, deradelfos, dicéfalos e tricéfalos, em orgia imaginária grega, e encontram as armadilhas criadas pelos guardas […]
30º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Abril 30, 2011 - As mesas enfileiradas. Passar o tempo carimbando documentos, redistribuindo processos, observando as cabeças à frente, ser o último da fila. Sempre foi assim. Se não por opção, por ordem do professor. Desejavam humilhar, […]
29º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Abril 24, 2011 - Você ainda está aí? Mamãe sofria com essa mania… Ovos! Agora, pouco importa. Só o fantasma dela presente. E o seu… Vim pegar a garrafa de uísque. Você não leu as cartas. Faz […]
28º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Abril 23, 2011 - Adiante o longo corredor no viés de um dos tempos possíveis. Frio. Faz frio. Piso forte para contaminar o silêncio. Preciso de ruídos para me sentir vivo. É assim quando estou irritado. Ser […]
26º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Abril 16, 2011 - Retiro chapéu e casaco da estaqueira e os visto. Pego a chave dependurada no prego na parede. Olhos de lagartixa. Comparação do outro de mim, em algum momento. Ajeito-a no buraco da fechadura. […]
25º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Abril 10, 2011 - Observo-o enquanto abre o primeiro botão da camisa, percebo a umidade em suas axilas e costas, o quanto está cansado, dedos no teclado, ele pega a vasilha e sai na direção do animal, […]
24º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Abril 9, 2011 - A esquizofrenia da filha de Joyce. O lugar onde arcanjos degradados lançaram as estrelas de suas fontes. Focinhos enlameados de porcos, mãos que fossam e fossam, agarram e arrebentam. Devaneios oportunos… Alimento literário. […]
23º Episódio – Folhetim (II sequência de novelas) – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios por Carlos Pessoa Rosa Abril 3, 2011 - Saciada a sede, o animal vai ao alimento. Fica o ruído do gotejamento. O pequeno animal jamais saberá daquele mundo que assunta questões desconhecidas, olhos parados, regozijo só no pensamento, expressão a mirar […]
21º Episódio – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios Março 27, 2011 - Deu um primeiro passo. Caminhou pelo velho e conhecido corredor de madeira corrida, pé direito alto, com lentidão pegajosa, pés enraizados em inquietações. Seguiria de olhos vendados, sem dar um tropeção ou desviar-se […]
20º Episódio – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios Março 26, 2011 - Dois guardas conversam próximo, um cão passa perto da mulher queda, fareja o corpo, levanta a pata traseira e urina, dá uma última olhada e vai embora. Também não liga, o sósia transformou-se […]
19º Episódio – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios Março 20, 2011 - O outro de mim. Segue no corredor, na direção do escritório. Ouve-se a Remington Rand. A mesma história escrita a quatro mãos, memória dupla, jogo de espelho, o desejo não realizado e o […]
13º Episósio – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios Março 5, 2011 - Há uma mulher, Carol, ainda nem projeto, lembra um pouco a mãe, mas só no visual, nos cabelos ondulados e acastanhados, no nariz e lábios delicados, mas de fala e comportamento decididos, impulsiva, […]
12º Episósio – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em Setenta Episódios Fevereiro 26, 2011 - Isto mesmo, retirar o corpo, ele estava incomodando, ocupando o lugar de outro, minha Carol no não-lugar, sempre viveu assim, descompromissada, permaneci com o sinal de ocupado no ouvido, lembrança da mãe quando […]
9º episódio – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em setenta episódios Fevereiro 12, 2011 - Mas qual o motivo de tanta fuga e racionalização? Pensava no encontro com Carol… Ela diante de mim, pornográfica, me fez descobrir a poesia no que virgem e selvagem, nas umidades e nos […]
8º episódio – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em setenta episódios Fevereiro 6, 2011 - E o chamado. Antes de atender ao telefonema, olhou na direção do mostrador do relógio. Fora de hora, suspirou no ar. Boa notícia não seria. A criança como que por intuição interrompeu o […]
5º episódio – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em setenta episódios Janeiro 29, 2011 - Da Graça começou a me olhar como um homem, até o dia em que me convidou a dormir com ela, papai e mamãe saíram para compromissos sociais, você me empurrou para lá, não […]
4º episódio – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em setenta episódios Janeiro 23, 2011 - O velho tinha razão, sobreviver de literatura só com sacanagem, e pare com esse rizinho escroto, vão pensar que agia assim com Carol, que imaginem, não é proibido, enquanto a grana acrescentar à […]
2º episódio – O MÊNSTRUO MÁGICO DAS ORQUÍDEAS GRÁVIDAS – Folhetim em setenta episódios Janeiro 16, 2011 - O vento balança a cortina, deixa escapar fragmentos de fora, a mãe prende a roupa no varal, eu ao lado, cesta com pregadores nas mãos, ela percebe que desvio o rosto quando prende […]
71º e último episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e um episódios Janeiro 9, 2011 - O pai um sujeito magro e alto, queixo e orelhas grandes, logo os levam para dentro da casa, dizem que passam o dia jogando xadrez, que nas férias vão à praia, não conhecíamos […]
69º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Janeiro 2, 2011 - Capítulo XI: Blocos vazios de infância Os dias escorrem. Insônia. Dias sem dormir. Escrever para quem? Não haverá leitor para um texto que não tem vínculos cartográficos, biográficos e históricos. Nem serve de […]
68º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Dezembro 26, 2010 - De mim, a memória morta. Todas essas idéias apenas para ter coragem de ir até a máquina de escrever… Retiro a folha. Poucas palavras: “sem intimidade e sem interior, o oculto é o […]
66º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Dezembro 18, 2010 - A víscera começa a chiar, passo diante de uma quitanda, fico um tempo olhando as verduras, os legumes e as frutas, começam a ter cor, verde e amarelo opacos, percebo o dono preocupado […]
61º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Novembro 28, 2010 - O mesmo nas ruas, cada vez mais. A única bala perdida dentro de um hospício não são as metálicas, mas as colocadas na boca dos internos pelos enfermeiros, aviadas pelos médicos, pelos doutores […]
59º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Novembro 20, 2010 - O almoço, ninguém vive sem se alimentar, acho que o senhor deve saber disso. O tempo passou muito rápido. Já estava preocupada, aquele escritório está repleto de espíritos ruins, sinto quando entro para […]
57º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Novembro 13, 2010 - Quem sou eu? Pergunta feita por Tolstói aos 26 anos. A metade da idade que tenho agora, quase a de Samael. Acho que meu filho será a única pessoa a pegar o que […]
54º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Outubro 31, 2010 - Amélia deu um jeito no dia seguinte à internação, depois não abrimos mais a casa, me disse ter encontrado fezes de rato, se quiser arranjo um gato ou coloco veneno. Melhor a segunda […]
53º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Outubro 30, 2010 - Fico confuso quanto ao rumo a tomar, foi assim a vida toda… Não quero para mim o que escrito na pausa urbana, a cegueira de Saramago não me interessa, só me aparece nesses […]
50º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Outubro 17, 2010 - Melhor seguir, antes que percebam que carrego algum valor. Os escritórios do departamento de água e luz ficam próximos. Viveria sem luz, mas não sem água. Insuportável a ideia de morrer sedento; ou […]
49º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Outubro 16, 2010 - Observo tudo ao modo de um recuperado, no hospício o gerente seria o médico, indicaria o choque elétrico e para evitá-lo o sujeito não discutiria, não reclamaria, sabe que nada restaria de absurdo […]
48º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Outubro 10, 2010 - Muda alguma coisa tantos ósticos? Não! André é mais um sujeito normal como tantos outros e que cultiva a amizade dos vizinhos, faz favores, olha de modo pedinte, já tem convênio com a […]
44º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Setembro 26, 2010 - Melhor sair, dar uma volta. Mostrar à plateia que estou bem. A chave na fechadura. O ruído seco. A porta destravada e aberta. O céu carregado. Atravesso a rua na faixa. O bar […]
40º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Setembro 12, 2010 - O que mais fazer aqui entre estas paredes enormes que não dar ouvidos à insânia, aceitar essa flatulência de ideias selvagens, esse temporal híbrido de palavras, esse avesso retorcido e fora de lugar? […]
38º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Setembro 5, 2010 - Sozinho na cozinha… As mulheres e o gato ausentes. Pensamento no longo corredor do que foi. Criança na teimosia do ovo e a mãe em estalada possibilidade de perda por inanição: Ovo outra […]
30º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Agosto 8, 2010 - Entre nós, só os contornos são semelhantes, um contagiando o outro, mas aos olhos de Carol não há distinção, ela admira a resultante da loucura, um sujeito dentro de uma armadura, protegendo-se dos […]
27º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Julho 31, 2010 - Deixo que esfrie um pouco. Do outro lado da mesa, a criança pega o ovo que estala no caldo quente, a mãe observa a reação do pai, mas este perdido no noticiário do […]
19º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Julho 3, 2010 - Não cedeu à ideia de entre os mortos. Tive a impressão de ter visto jovens saindo do cemitério com peças roubadas dos túmulos. Willer, muito tempo antes; talvez. Não foi delírio. Disse-me que […]
17º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Junho 26, 2010 - Aceitou o convite. Deixei-a na porta do local procurado, um prédio de três andares. Agradecida, cedeu um sorriso que eu fiquei a contemplar, a mão de longos dedos e esmalte vermelho nas unhas […]
16º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Junho 20, 2010 - Então ele em casa, nós diante de um corpo desprovido, mutilado, que carece de movimento, sem possibilidade de sermos alcançados e repreendidos. Não tem como reagir, o que nos agrada. Mas você abusa. […]
14º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Junho 13, 2010 - Capítulo II: Pornografia poética Tarde. Bagas comestíveis. O fruto suculento e negro. Indeiscente necessita do toque delicado dos dentes para expelir o caldo fresco e doce. Mordiscar os seios de Carol… Não tão […]
12º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Junho 6, 2010 - A calcinha da mãe no varal! Não responderei a suas provocações, e saia daí, vamos acordar a moça. Você quer dizer salvar o texto… Não, cara! Que Totem?! Ato falho… Que texto?! Vamos […]
9º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Maio 29, 2010 - Adorávamos brincar com o figo e a manga-rosa. Viemos da mãe dos homens, modo de dizer de Da Graça, expulsos pelo furor uterino. A empregada sabia da malícia carregada pela metáfora. Flagrada nua […]
7º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Maio 22, 2010 - Capítulo I: Mofo Uterino O pelo rapado. Apenas uma faixa cuidadosamente aparada. Uma delicada borboleta tatuada à direita de quem olha. O sexo identificando a tribo. Mas os temperos que atraem estão além […]
6º episódio – O BOM LADRÃO – Folhetim em setenta e cinco episódios Maio 16, 2010 - Os de preto comem com os poderosos e vomitam na cabeça dos pobres. É bom saber. Nem é bom colocar a justiça… Temos advogados para nos defender. Muitas formas de roubo deixam de […]