As mãos vazias | Lídia Borges Publicado em 2015/02/06 por Das Letras As mãos vazias de temporais, de tragédias, de grandezas, regressam da cidade sem promessas de paz ou abundância. Nos campos, a ondulação do pão perdeu-se do vento e nas casas portas […]
Poema «Bicho» | Vera de Vilhena Publicado em 2015/02/02 por Das Letras «(…) Não há o desplante de uma grande frase Quando somos bichos roedores, de barriga cheia, A quem não importa a chuva, o vento, o frio, a tempestade. Ela ali está, […]
PAULA REGO | Soledade Martinho Costa Publicado em 2015/02/02, atualizado em 2015/02/01 por Das Letras Nas formas retratadas Os segredos. Em matizes Em assombros Em fulgores Sem aviso Sem final Sem começo. A mulher por modelo É escolha tua. Mítica lua Intemporal e […]
Em nome do Pecado! (Setenta anos depois da libertação de Auschwitz) | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/01/28 por Das Letras É preciso recordar o medo E trazê-lo à luz da hipocrisia É preciso recordar o Holocausto Com olhos viúvos de alegria. É preciso chamar a humanidade Ao espelho da sua cobardia […]
O Silêncio | Domingos da Mota Publicado em 2015/01/26 por Das Letras as intempéries talharam este rosto. de chama. calcinada. o seu silêncio é um latido do tempo. António Ramos Rosa Percorro as artérias do vazio, as veias do silêncio laceradas: desvendo […]
EUNICE MUÑOZ | Soledade Martinho Costa Publicado em 2015/01/26, atualizado em 2015/01/26 por Das Letras Actriz É habitar um palco. Ser Fédora Ou Zerlina A Castro A Mãe Coragem. Aquela Que por dom das musas Ou de Talma Consegue ser da Arte A própria […]
Poema | Gisela Gracias Ramos Rosa Publicado em 2015/01/25 por Das Letras Caímos como tordos sobre a areia sem saber sem sabor sem tempo para integrar a via luminosa do mundo. Presente e futuro, a íntima anterioridade. Oh! Quantas lembranças por cumprir num […]
Poema | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/01/24, atualizado em 2015/01/24 por Das Letras que madrugadas traz a tua voz no trinco do frio invernoso que em a ouvindo a cotovia logo se solta em voo aparatoso? que faluas trazem os teus braços minha flor […]
Torrente | Domingos da Mota Publicado em 2015/01/22 por Das Letras Nem sequer um fio: apenas o silêncio deflui no rio de águas apagadas. As margens febris, duras desoladas engrossam a torrente / do vazio. Domingos da Mota
SER-SE POETA | Rui Sobral Publicado em 2015/01/22 por Das Letras Ser poeta é estar morto É termos tudo e termos nada E com nada termos tudo na mão É nosso íntimo não ser paixão. É um não ser mais que ser […]
Poema | Gisela Gracias Ramos Rosa Publicado em 2015/01/18, atualizado em 2015/01/18 por Das Letras quando a sede é pergaminho a mão avança para a água do poema como a sombra que antecede o barro antes da forma encontrar a pedra secular Gisela Gracias Ramos Rosa, […]
No dorso do leito | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/01/17, atualizado em 2015/01/17 por Das Letras Numa qualquer concha em qualquer lado te direi mais que um amor qualquer que de astros de ouro e sol cavado se faz de água um corpo de mulher. Te direi […]
ABRAÇA-ME ESTA NOITE | Carlos Bondoso Publicado em 2015/01/14 por Das Letras nesta ausência de luz é tão belo ver o teu sorriso e o brilho que brota dos teus olhos procuro-te nas sombras dos ciprestes para te ter junto de mim em […]
ANTÓNIO LOBO ANTUNES | Soledade Martinho Costa Publicado em 2015/01/14 por Das Letras A manter vivos Os nomes E a Casa Ser o eco da infância. À flor da pele A ternura Assumida e assinada. Mas ser também Vela de seda Em mastro desfraldada […]
Gota de sangue | Vera de Vilhena Publicado em 2015/01/11, atualizado em 2015/01/11 por Das Letras acontecem nascentes ao longe E poentes incendeiam A pálida safira dos meus olhos. E eu neste começo sem fim. Hábil sou agora na análise do meu sangue. Colhendo amostras Até desfalecer Num […]
Já não de rosas o tempo | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/01/11, atualizado em 2015/01/11 por Das Letras morrer por dentro de ti lentamente é um gemido de sangue não sei quantas vezes morri neste sufoco engelhado mas a vida perde o fôlego sobre a franja da noite que […]
A LUA | Licínia Quitério Publicado em 2015/01/11 por Das Letras Nestes dias solares, desassombrados, em que um sopro nos toca, dissimuladamente, e se serve de nós e nos penetra sem pedir licença e nos põe a vibrar como um velho instrumento […]
SUL | Soledade Martinho Costa Publicado em 2015/01/04, atualizado em 2014/12/31 por Das Letras Nos dias sem data Repousa os olhos Na sede da paisagem. Aspira os cheiros da terra Lavrada, semeada, sua. Recolhe em cada seio O canto da cigarra. Desfaz a trança Desfaz […]
Batimentos | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/01/04 por Das Letras se me deito do lado do coração posso ouvi-lo a bater no travesseiro e o seu batimento é o sinal exato da existência da minha vida coisa estranha e curiosa ser […]
FIANDEIRA | Soledade Martinho Costa Publicado em 2014/12/31, atualizado em 2014/12/31 por Das Letras Na manhã Galopam cascos De cavalos mansos. Nas tuas mãos Sepulto O fuso Herança Reflectida No luto Dos teus olhos. Rés ao fio Calosos Os teus dedos Ciciam Antepassados Jeitos. Impune […]
O QUENTE SABOR | Licínia Quitério Publicado em 2014/12/30, atualizado em 2014/12/30 por Das Letras Sonhei com o quente sabor das tâmaras a polpa cor de açúcar queimado a trazer lembranças de leite-creme das avós as fibras a prenderem-se nos dentes a retardar prazeres a prolongar […]