Gente Lusitana | Paulo Fonseca Publicado em 2017/12/15 por Das Letras Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca, saudável… humana, impura, insaciável… A sina de vegetar no plástico colorido… sonho de fermentar, coração desabrido… existência singela […]
Marcos Barrero, poeta de coração paulistano | Adelto Gonçalves Publicado em 2017/12/15 por Das Letras I A exemplo do que Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) disse do poeta argentino Rodolfo Alonso, o poeta Marcos Barrero não usa as palavras pela sensualidade que desprendem, mas pelo silêncio que concentram, […]
Somos todos LIVROS | Silas Corrêa Leite Publicado em 2017/11/22, atualizado em 2017/11/22 por Das Letras Cada um com a sua lenda pessoal, seu papel na história Crime e castigo, capa e espada, vermelho e negro Todos páginas de rostos (escritos com suor e sangue) Cercados por silêncios, títulos, […]
Poema | Nâzim Hikmet (Poeta turco) Publicado em 2017/09/22 por Das Letras A maioria das pessoas viaja na coberta dos navios na terceira classe dos comboios a pé pelas estradas… A maioria das pessoas. A maioria das pessoas começa a trabalhar aos oito anos casa […]
Caminho das pedras | Domingos da Mota Publicado em 2017/08/15 por Das Letras O chão que pisas, chão de terra Dura, saibro, seixos, pedras, erva Seca, tojo e urtigas, E a secura das pernas A correr Ceca e Meca, E as pegadas visíveis dos sapatos E […]
TEAR | Soledade Martinho Costa Publicado em 2017/08/15 por Das Letras Sobre o corpo das areias Pelas marés Lavadas As pedras Na solidão dos passos Gravam Indecifráveis sulcos. Rente Perpassa Sobre si dobrado O horizonte Aspirando à falésia Aromas de cicuta. Tinge-o Do sepulcro […]
Femme | auteur inconnu , texte qui traîne sur le net | Mur de Fadette Aiache Publicado em 2017/07/18 por Das Letras Femme, j’ai tant de choses à te dire, Qu’il me faudrait un livre pour l’écrire. Une vie ne suffit pas, et encore plus de temps, Car tu portes en toi tout ce que je […]
Nas praias de lá | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2017/06/30, atualizado em 2017/06/30 por Das Letras Quem dera fosse possível um dia, já libertada do pó, do pus, do pecado, da fétida carne, dos excrementos, das excrescências do corpo, a alma flutuasse etérea entre outras almas, brancas como as […]
Paris uma vez | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2017/05/24 por Das Letras No centro do coração estava Paris Paris das boulevards apetecíveis em cada esquina, em cada rua, em cada centro por acaso, no Centro Pompidou, foi bom … olhando ao acaso as acrobacias dos […]
Subitamente | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2017/05/20, atualizado em 2017/05/20 por Das Letras Estava virada para os teus olhos não foi preciso pedires que ficasse dentro deles já tinha caído antes de os ver e sempre deixou de ser um advérbio para ser este verbo na(morar) […]
DEDICATÓRIA | Soledade Martinho Costa Publicado em 2017/05/13, atualizado em 2017/05/13 por Das Letras Que mais posso fazer por ti, agora A não ser compor este poema E dedicar-to? Escrever estas palavras que me imponho E queria fossem belas Como o canto do vento Nas searas […]
CONHEÇO-TE | Soledade Martinho Costa Publicado em 2017/05/13, atualizado em 2017/05/13 por Das Letras Apetecia-me dizer-te Que penso em ti demasiadas vezes Embora Não as vezes necessárias. A distância que nos separa Deixou de ter qualquer significado; Sempre que desejo Corro a ver-te. Conheço-te Desconhecendo […]
Lágrimas por Alepo | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2016/12/28, atualizado em 2016/12/28 por Das Letras É para Ti , talvez desperto que escrevo sobre Alepo vestida de cinza repetível em dia de finados. É para Ti, o meu carpir na noite… e o aprumo dos meus olhos no […]
Segundo Poema de Natal | Domingos da Mota Publicado em 2016/12/28 por Das Letras Pudesse do Natal dizer que é mais que o corre-corre, que a lufa-lufa, que a passada célere demais, que a mole humana que se adensa e arrufa e satura nos amplos corredores, nas […]
VULTO DE UM PAÍS | Soledade Martinho Costa Publicado em 2016/11/04 por Das Letras Sou feito de seivas De geadas e matos De aves e manhãs Pedras e regatos. Sou fruto das flores Safões dos pastores Água dos cantis. Sou lume ateado Seara de espigas Sou pão […]
Bob Dylan | “Like A Rolling Stone” Publicado em 2016/10/16, atualizado em 2016/10/16 por Das Letras “Like A Rolling Stone” Once upon a time you dressed so fine You threw the bums a dime in your prime, didn’t you ? People’d call, say, “Beware doll, you’re bound to fall.” […]
SAUDADE | Soledade Martinho Costa Publicado em 2016/10/06, atualizado em 2016/10/06 por Das Letras Um dia, eu sei Hei-de sentir saudades Saudades da vossa turbulência de crianças Aonde a traquinice e a bondade Se moldam ao sabor da vossa infância. A dar-me conta de vos ver crescer […]
Salinas, o poeta do amor | Adelto Gonçalves Publicado em 2016/07/30, atualizado em 2016/07/30 por Das Letras I Depois de lançar em 2012 a tradução de A Voz a Ti Devida (Brasília; Thesaurus Editora), de Pedro Salinas (1891-1951), o tradutor José Jeronymo Rivera (1933) coloca no mercado Razão […]
Ninguém | Domingos da Mota Publicado em 2016/07/30, atualizado em 2016/07/30 por Das Letras Há-de chegar o dia em que ninguém se lembrará de ti – e, de passagem, quase todos depois serão também esquecidos no meio da voragem que aprofunda a imensa desmemória e mesmo que […]
Como um fósforo | Domingos da Mota Publicado em 2016/07/17, atualizado em 2016/07/17 por Das Letras Vai de mal a pior este começo: traçado o azimute, nesse rumo, não quero estar na pele, pagar o preço do frio que virá depois do fumo, pois se fogo sem fumo não […]
Branco no branco | Domingos da Mota Publicado em 2016/06/26, atualizado em 2016/06/26 por Das Letras Narciso e biombo Um o outro ilumina Branco no branco Matsuo Bashô Sendo a sombra da sombra duma alvura mais branca que a brancura, dia-a-dia, […]