Grécia, meu amor | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/06/20 por Das Letras contra a lucidez das águas as aves ominosas os detritos fendem nada as detém. nem os antigos deuses memória dos gestos luminosos nem uma lágrima nem uma poça de sangue. carnívoras […]
Réquiem por Palmira | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/05/24, atualizado em 2015/05/24 por Das Letras Palmira geme no ventre. A terra agoniza debaixo das lágrimas. Os filhos da treva domadores do ódio cavalgam às cegas derrubam o Tempo sepultam os deuses ressuscitam a morte em patamares […]
Sonata à chuva | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/05/16 por Das Letras Só dentro de mim te posso nomear Ou cantar-te em verso emudecido Silenciar a água transbordada Que junto ao mar bebi contigo. Só dentro de mim vi eu roseiras De aromas […]
outros tempos outros pés | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/05/10 por Das Letras os dias em bicos de pés o tempo chiffon ou tule asa ou gaivota subir subir subir sobrevoar os mares planar sobre os rios abrir em concha rodopiar em sílabas perfeitas […]
Elegia De Amor | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/05/03, atualizado em 2015/05/02 por Das Letras Sempre do chão me levantaste e nas tuas mãos de oração o terço por mim tanto gastaste ó minha rosa de linho e de brancura! Deste-me asas de tule e eu […]
Abrir Abril | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/04/25, atualizado em 2015/04/24 por Das Letras Abrir de novo Abril abrir com lírio um novo abrir de Abril abril sonhado abrir de novo Abril abrir em festa abrir de novo Abril já sepultado. Abrir de novo Abril […]
Sonata de Abril | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/04/24 por Das Letras Trago a poesia das searas num anseio suspirado pela luz de maio do primeiro dia e de um abril cantado folar de cravo sol em folia. Emerge de novo a noite […]
Um derradeiro verso | maria isabel fidalgo Publicado em 2015/04/12 por Das Letras Quando os meus olhos disserem adeus às coisas últimas e atirarem um derradeiro aceno às palavras que me cercam não sei se a consciência terá a lucidez para escrever ainda um […]
Chá de Abril ! | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/04/04 por Das Letras Ah tragam-me um chá um chá urgente de menta ou pimenta preta ou cidreira ou tília um chá de sabor a terra de eucalípto ou oliveira numa chávena de Abril. Ah, […]
Colo da minha infância | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/03/30, atualizado em 2015/03/27 por Das Letras No colo da minha infância havia uma só verdade ser eu olhar inocente esquecida da idade E era tudo tão longe do meu olhar de hoje aqui que olhando essa criança […]
| Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/03/22 por Das Letras Se eu perder a inspiração cobre-me de novo com os teus olhos alados de flores para que cresçam poemas em pântanos secos com compassos de rimas perfumadas Se eu perder a […]
Leda me ando eu | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/03/18 por Das Letras do alto da minha idade escrevo um poema com sessenta e quatro retalhos de tempo atiro os olhos para o sol que rasga a minha janela e a claridade é igual […]
Dia Internacional da Mulher | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/03/08, atualizado em 2015/03/08 por Das Letras abençoado seja o sol que tomba sobre as rosas que florescem em baldios ou terras livres para adornarem as casas das mulheres sem jardins a florir abençoada seja a mulher que […]
luz de março | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/03/04 por Das Letras bate às vidraças a luz de março com que me abri à vida um corredor de marços de portas fechadas traça a curva descendente do sol e apaga as mãos das […]
esperando meu amigo | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/02/25, atualizado em 2015/02/22 por Das Letras menina minha pátria maresia com salitre no rosto incandescido dorme comigo que minha mãe já foi e estou sozinha menina amor traz o passado das romarias de san simion de vale […]
Sessão de lançamento | Antes de mim um verso | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/02/20, atualizado em 2015/02/20 por Das Letras Sábado, 28 de Fevereiro às 15:30 horas | Colégio Dom Diogo De Sousa – Braga Apresentação da obra pela Professora Isabel Pires de Lima
Ladainha do tempo | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/02/19 por Das Letras não me preveni contra o tempo sempre achei que a vida era para lá dos dias e que a ceifa do corpo era numa azenha muito ao longe. na casa dos […]
dia de S. Valentim | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/02/14 por Das Letras nem era preciso o dia para ser amor nem era preciso amor para ser paixão nem era preciso falar para ser olhos era sempre fogo em combustão não era preciso roupa […]
de perfume se fez o frio | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/02/09 por Das Letras tomba um manto de frio sobre o corpo um frio glacial sobre a cabeça mais fria é a ausência que pica o ar como uma agulha dorida estendo-me sobre um cobertor […]
como nascem os barcos? | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/02/08 por Das Letras atento ao pulso lentíssimo de chuva e frio o inverno demora-se cada vez mais… de costas para o sol estou só no sumo da sombra e um só verso me fere […]
eterno é este momento | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/02/01, atualizado em 2015/02/01 por Das Letras longe do mar. está fria a noite na sua nudez de mármore. não preciso de nada e falta tudo. falta o brilho dos peixes buliçosos junto aos búzios e o pulsar […]