Javier Cercas vence Prémio Literário Casino da Póvoa

A principal distinção do Correntes D’Escritas atribuída ao autor de As Leis da Fronteira(Assírio & Alvim).

Esta manhã, na Sessão Oficial de Abertura do “Correntes D’Escritas”, o mais importante evento literário realizado em Portugal, foi anunciada a atribuição do Prémio Literário Casino da Póvoa ao escritor espanhol Javier Cercas pela obra As Leis da Fronteira, publicada pela Assírio & Alvim (Grupo Porto Editora) em maio de 2014.

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Stalker, de Lars Kepler

Em 2010, a Porto Editora publicou O Hipnotista, a estreia da saga policial de Lars Kepler que alcançou o sucesso e o reconhecimento da crítica. A 3 de março chega às livrarias o quinto título da série, Stalker, cuja trama inclui o inspetor Joona Linna, como é habitual, mas também o hipnotista Erik Maria Bark que cativou os leitores do primeiro livro.

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UMBERTO ECO pertence ao mundo inteiro | Cristina Carvalho

Ainda há pouco mais de um mês comprei o “O Cemitério de Praga”. Aquelas primeiras páginas, a descrição de uma loja, uma espécie de antiquário propriedade de um velho judeu, a própria figura do homem, só aquelas duas páginas deixaram-me sem respiração. Li-as várias vezes, deslumbrada. O poder descritivo, o desenho do sentido de humor a cada palavra escrita, a intensidade da própria intenção, o humanismo, a universalidade, deixa-me prostrada e cansada, mas alegremente cansada e incansável, sôfrega e sedenta de mais palavras de Eco.
Nem sempre usando as mais fáceis e imediatas expressões ou as mais directas palavras ou as mais transparentes intenções, Umberto Eco conseguiu, apesar disso, apesar dessa dificuldade transpor o que é mais importante de tudo na literatura: ultrapassar e fazer respirar e fazer compreender não as suas próprias idiossincrasias mas as questões essenciais dos homens, as questões primevas da humanidade. Como está demonstrado à exaustão, só palavras não chegam. Aparentemente, talvez mesmo prolixo e com temas que talvez não interessassem ao vasto e indiferente público, a verdade é que Umberto Eco, com o seu livro “O Nome da Rosa” (publicado em 1980) chegou a todo o planeta e se houvesse mais planetas com leitores também lá chegaria. Era a História em movimento, a História cruzada num misto de romance policial, deslumbrante no seu subtil sentido de humor com milhões e milhões de exemplares lidos por ainda mais milhões de seres.

UMBERTO ECO foi escritor, filósofo, semiólogo, linguista.
Nasceu em Itália em 1932.

Morreu ontem, 19 de Fevereiro de 2016 aos 84 anos.

Cristina Carvalho

Fotografia via Flickr.

Prémio Autores SPA/RTP 2016

Cristina Carvalho nomeada para o Prémio Autores 2016, na categoria de LITERATURA – Melhor Livro de Ficção Narrativa – pela sua obra “O Olhar e a Alma” publicado por Planeta.

O vencedor será conhecido no dia 22 de MARÇO no decorrer da Gala Prémio Autores SPA/RTP 2016, no Teatro Nacional D.Maria II.

A Gala será transmitida em directo pela RTP 2.

O País Possível, de Ruy Belo

Assírio & Alvim lança nova edição com prefácio de Nuno Júdice.
País Possível é um livro de Ruy Belo de 1973 com uma indubitável unidade temática: «a do mal-estar de um homem que, ao longo da vida, tem pagado caro o preço por ter nascido em Portugal», tal como afirma o autor na sua nota introdutória. Neste livro, que a Assírio & Alvim publica com um prefácio de Nuno Júdice, Ruy Belo aborda Portugal como um país real, não mítico ou mitificado, ou então como um país ainda irreal, mas que depois de tornado real, tende a tornar-se impossível. Nas suas próprias palavras: «Portugal, país que só existe em pensamento».

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Outro Ulisses Regressa a Casa, de Luís Filipe Castro Mendes

«Viajar é tão-só aprender / a mais devagar saber morrer.» pode ler-se neste novo livro de poesia de Luís Filipe Castro Mendes, publicado pela Assírio & Alvim. Muito mais do que uma evocação de sentimentos, pessoas ou lugares, trata-se aqui da própria vida, daquilo que é viagem e caminho, do que nos transforma e define, do ato criador, da escrita, da poesia. Como nos diz o autor, ao longo deste livro o «leitor encontrará muitas alusões, referências e citações encapotadas, às quais não deve ligar demasiado.»

Outro Ulisses Regressa a Casa será apresentado na 17.ª edição do Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, e em Lisboa, na Casa Fernando Pessoa, a 1 de março.

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O Sexo Inútil, de Ana Zanatti

A Sextante Editora publica o mais recente livro de Ana Zanatti, O Sexo Inútil, um testemunho pessoal e coletivo avassalador e um instrumento precioso de batalha pela dignidade, pela igualdade, pela fraternidade, face aos preconceitos. Combinando reflexões, correspondência, vários testemunhos e excertos do diário da autora, O Sexo Inútil é um documento único que põe em causa o conceito de “tolerância” para com aquela, ou aquele, que não é igual a nós.

O Sexo Inútil é um livro pioneiro sobre o preconceito e um instrumento de batalha por uma comunidade mais justa e fraterna.

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Crónicas podem ser coisas | Pedro Almeida Maia

Admito que a palavra cronicista não esteja muito dicionarizada, mas como insisto em compilar vocábulos, não há que ter medo. Afinal de contas, as línguas estão sempre em transformação, tirando o Latim e alguns dialetos. Depois do percurso do Pavilhão Auricular, procurei afincadamente formas de expressão que transcendessem as artes. Não é porque as artes já não me seduzem, mas porque a sedução não é só arte.

Assim nasce o cronicista: um ajudante de escaparate a cientificar pela crónica, embora nunca cronicando; um crónico que rabisca croniquetices sem respeitar as leis cronísticas; um imoral corrupto da croniqueta que se enraíza nos anais da história breve; um homem que nem é cronista nem ensaísta, muito menos trocista; ou um adepto da cronicidade das coisas. Sim, porque as crónicas podem ser coisas.

Ilustração:  Dois frascos de tinta usada, por Luana Minucci

Aprende, Aprende o Meu Corpo – Óscar Aranda

O ensaio Aprende, Aprende o Meu Corpo. Sobre o amor na obra de José Saramago, da autoria do sexólogo espanhol Óscar Aranda, é o mais recente título com chancela da Fundação José Saramago (FJS). O livro está disponível na livraria da FJS a partir desta semana e em breve chegará às demais livrarias portuguesas.

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Pequeno Tratado da Intolerância Charb

Se detesta bilhetes microscópicos de teatro, bolsas de marca caras e feias, etiquetas que dizem «bebé a bordo», empregados de café relutantes em servir um copo de água, as pessoas que usam a expressão «a partir de hoje», surfistas, provérbios ou árbitros de futebol, as novas fatwas de Charb vão oferecer-lhe uma vingança deliciosa. Uma ode hilariante à intolerância das pessoas e da sociedade.

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Letra Aberta – Livro de inéditos de Herberto Helder

A Porto Editora vai lançar um livro de poemas inéditos de Herberto Helder, recolhidos dos seus cadernos, onde constava já o título: Letra Aberta. Este livro será publicado em março, por altura do 1.º aniversário da morte do poeta.

Esta não é a edição crítica que a obra inédita de Herberto Helder merece e que certamente será publicada no futuro, agora que o seu espólio está a ser integralmente digitalizado. Trata-se de uma escolha realizada pela viúva do poeta, que nos permite uma primeira abordagem à riquíssima «oficina» a partir da qual Herberto foi construindo o seu «poema contínuo».
A Porto Editora informa ainda que chegou a acordo com a editora Tinta da China para a publicação de toda a obra de Herberto Helder no Brasil.

Herberto Helder nasceu em 1930 no Funchal, onde concluiu o 5.º ano. Em 1948 matriculou-se em Direito mas cedo abandonou esse curso para se inscrever em Filologia Românica, que frequentou durante três anos. Teve inúmeros trabalhos e colaborou em vários periódicos como A Briosa, Re-nhau-nhau, Búzio, Folhas de Poesia, Graal, Cadernos do Meio-dia, Pirâmide, Távola Redonda, Jornal de Letras e Artes. Em 1969 trabalhou como diretor literário da editorial Estampa. Viajou pela Bélgica, Holanda, Dinamarca e em 1971 partiu para África onde fez uma série de reportagens para a revista Notícias. Em 1994 foi-lhe atribuído o Prémio Pessoa, que recusou. Faleceu em Cascais a 23 de março de 2015, tinha 84 anos.

(Nota de Imprensa da Porto Editora)

Herberto-Helder

Céu Nublado com Boas Abertas, de Nuno Costa Santos

«Céu geralmente muito nublado, com boas abertas e períodos de chuva» é uma das formulações mais utilizada pelos meteorologistas para descrever o tempo no arquipélago dos Açores. Na prática, a expressão traduz-se em prepararmo-nos tanto para chuva como para sol, no mesmo dia. Do mesmo modo, neste romance, o leitor pode e deve preparar-se para as nuvens de São Miguel, os ares do Caramulo e o clima do bairro lisboeta da Estefânia.

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Vem à Quinta-Feira, de Filipa Leal

Vem à Quinta-Feira é o mais recente livro de Filipa Leal e o primeiro na Assírio & Alvim. Aqui a poeta fala-nos com uma voz muito própria de problemas e sobressaltos, dos dramas da sua geração mas também dos tumultos por que passaram as anteriores. «Havemos de ir ao futuro e, no futuro, estará finalmente tudo como dantes.» Desfia memórias e cartografa emoções, porque afinal «[…] buscamos no quotidiano uma estrada onde se repita o amor e a casa de algum Verão.»

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Terra Negra – o Holocausto como História e aviso, de Timothy Snyder

Best-seller do New York Times; incluído na lista dos melhores livros do ano de 2015 das seguintes publicações: Publishers Weekly, The Economist, The Washington Post, The New York Times e El País.

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Lançamento do livro “O Morcego Bibliotecário” | Carmen Zita Ferreira

A escritora ouriense Carmen Zita Ferreira lançou hoje o seu mais recente livro, “O Morcego Bibliotecário” da editora Trinta Por Uma Linha. Uma “história com asas” ilustrada por Paulo Galindro e que foi apresentada no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Ourém.
O momento contou com a atuação do Coral Infantil e Juvenil de Ourém e com a presença de muito público, além do Presidente da Câmara Municipal de Ourém, Paulo Fonseca.
Antes da tradicional sessão de autógrafos, o público teve ainda oportunidade de ouvir a história “O Morcego Bibliotecário” e apreciar a ilustrações do mesmo.

Sobre o livro, “O Morcego Bibliotecário” escreveu Valter Hugo Mãe:
“Tem nas mãos uma obra de arte. A desmistificação dos morcegos enunciada belissimamente por Carmen Zita Ferreira e vista com esplendor por Paulo Galindro. Este livro é um luxo. Dá vontade de casar a autora com o ilustrador e rezar que nunca mais se larguem um do outro para que nunca mais parem de nos maravilhar.”

morcego

A Casa Azul, de Claudia Clemente

Dentro dos muros da casa azul, os quatro elementos primordiais.

 Acreditavam os antigos que o mundo era formado por quatro elementos primordiais. Neste romance é-nos dado a conhecer um quinto elemento que aglutina todos os outros: a vida. Mesmo quando entregue a diversas vozes que, correndo desencontradas, nos chegam na primeira pessoa, por carta, relatórios ou vindas do interior em forma de agressão. Num momento de fuga, as asas abrem-se de acordo com a natureza de cada um dos elementos: terra, fogo, ar e água.

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25 anos de aventuras e mistérios do inspetor Jaime Ramos

Icónica personagem de Francisco José Viegas regressa numa mão cheia de histórias.
Em 1991, Francisco José Viegas apresentava pela primeira vez ao público aquele que é provavelmente o mais conhecido inspetor português, Jaime Ramos. 25 anos e oito romances depois, a Porto Editora lança, a 4 de fevereiro, aquela que é a primeira compilação de histórias protagonizada por este «anti-herói», A Poeira que Cai sobre a Terra e outras histórias de Jaime Ramos.

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Mário de Carvalho sobre o amor desencontrado

A Sala Magenta, livro vencedor do Prémio Fernando Namora, regressa às livrarias No dia 4 de fevereiro, a Porto Editora lança A Sala Magenta, um romance de Mário de Carvalho sobre uma paixão devastadora e obsessiva, protagonizada por um homem derrotado e uma mulher inalcançável.

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