Um poema de Günter Grass

O QUE FOI, JÁ LÁ VAI

Uns dias atrás abri um armário
há séculos fechado.

Pendiam no seu interior cabides
dos quais nada de material pendia.

Tratei então de carregar cabide após cabide
com a tralha dos amigos mortos.

Para que me perdurassem
enchi todos os bolsos com bolas de naftalina.

Um cabide ficou vazio,
provavelmente para mim.

Depois fechei o armário
e engoli a chave.

Sobre a Finitude, de Günter Grass

 

A recensão no Acrítico, leituras dispersas.

Sobre o livro.

PenasPregos

Ilustração do autor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grupo Porto Editora lança novos livros e recupera a coleção Vampiro na Feira do Livro de Lisboa

Mais de 40 escritores preenchem a agenda do Grupo Porto Editora na maior festa do livro do país. 23 de maio de 2016.

A poucos dias do início da 86.ª Feira do Livro de Lisboa, o Grupo Porto Editora anuncia a sua programação, que conta com a participação de diversos autores portugueses e estrangeiros e com a realização de vários lançamentos. Sob o lema “Autores que nos unem”, o objetivo é reforçar envolvimento entre leitores e escritores, promovendo o livro e a leitura junto de todos os públicos, com especial atenção para os mais novos.

Da vasta programação, destaca-se a presença de escritores como Alberto S. Santos, José Eduardo Agualusa, José Luís Peixoto, Francisco José Viegas, Teolinda Gersão, Mário de Carvalho, Bruno Vieira Amaral, Manuel Jorge Marmelo, José Rentes de Carvalho e Patrícia Müller. O espaço do Grupo Porto Editora acolherá o lançamento de vários livros: Terra Fresca, de João Leal, com apresentação de Samuel Úria (26 de maio, às 18:30); A Guitarra Azul, de John Banville, com participação de Helena Vasconcelos (28 de maio, às 18:00); Caminhar por Lisboa, de Anísio Franco, com apresentação de Paula Moura Pinheiro e seguido por um breve percurso guiado pelo autor, (29 de maio, às 11:00); A Falácia do Empreendedorismo, de Adriano Campos e José Soeiro, com apresentação de Mariana Mortágua e Adolfo Mesquita Nunes (30 de maio, às 18:30); O cão que comia a chuva, de Richard Zimler, com ilustrações de Júlio Pomar (4 de junho, às 18:00) e História de um cão chamado Leal, de Luís Sepúlveda, com ilustrações de Paulo Galindro (11 de junho, às 18:00).

A merecer a atenção dos leitores estará, certamente, o regresso da emblemática coleção Vampiro, da Livros do Brasil, que se iniciará com dois livros: Os Crimes do Bispo, de S.S. Van Dine (n.º 1) e Vivenda Calamidade, de Ellery Queen (n.º 2). Numerados, em formato de bolso e com um preço acessível – como sempre foi característico desta coleção criada no final dos anos 40 do século passado e que marcou gerações de leitores e a própria história da edição em Portugal.

Os mais novos têm um programa especial. Para além da presença de Luísa Ducla Soares a propósito do seu novo livro A Fada dos Dentes, poderão também contar com Maria Inês Almeida e Joaquim Vieira, Inês Pupo e Gonçalo Pratas, Isabel Ricardo, entre outros.

De sublinhar ainda a realização de quatro showcookings com Rita Nascimento e Gabriela Oliveira, e de uma mesa redonda em que Patrícia Müller, Maria do Rosário Pedreira, Andréa Zamorano, Ana Cássia Rebelo, Helena Vasconcelos, Filipa Martins e Tânia Ganho vão debater e ler excertos do livro de Rebecca Solnit, As Coisas que os Homens me Explicam – a moderação estará a cargo da jornalista Isabel Lucas.

No espaço do Grupo Porto Editora estarão representadas as chancelas Bertrand, Areal Editores, Raiz Editora, Quetzal, Pergaminho, 11×17, Temas e Debates, Arteplural Edições, Assírio & Alvim, Sextante Editora, Albatroz, Ideias de Ler, Contraponto, 5 Sentidos, Livros do Brasil, GestãoPlus Edições e, claro, a Porto Editora.

Lançamentos em agenda:

Terra Fresca, de João Leal, com apresentação de Samuel Úria, 26 de maio, às 18:30;

A Guitarra Azul, de John Banville, com participação de Helena Vasconcelos, 28 de maio, às 18:00;

Caminhar por Lisboa, de Anísio Franco, com apresentação de Paula Moura Pinheiro e seguido por um breve percurso guiado pelo autor, 29 de maio, às 11:00;

A Falácia do Empreendorismo, de Adriano Campos e José Soeiro, com apresentação de Mariana Mortágua e Adolfo Mesquita Nunes, 30 de maio, às 18:30;

Naus (2ª livro da série), de Patrícia Faria e Mariana de Melo, com um debate entre representantes de várias comunidades religiosas, 4 de junho, às 17:00, no auditório da APEL;

O cão que comia a chuva, de Richard Zimler, com ilustrações de Júlio Pomar, 4 de junho, às 18:00;

História de um cão chamado Leal, de Luís Sepúlveda, com ilustrações de Paulo Galindro, 11 de junho, às 18:00.

Nota de Imprensa da Porto Editora

86FeiraLivro

Anunciações, Maria Teresa Horta

Rendido à beleza de Maria, o arcanjo Gabriel, esquece a mensagem que tinha por missão anunciar-lhe. E uma tumultuada relação amorosa ganha corpo entre os dois.

Anunciações, o romance, desenrola-se ao longo de 280 poemas e 14 estações (tantas quantas as da paixão e morte de Cristo), até à gestação do filho de ambos, Joshua.

Tudo por entre os medos e a contrição do anjo, e a determinação e revolta de uma Maria dessacralizada, emergindo na dignidade da sua condição humana.

Nota de Imprensa da D. Quixote.

Anunciações

Acrítico – Sobre a Finitude, de Günter Grass

Entre desenhos, poemas e reflexões Günter Grass deixa-nos aqui a tranquilidade que o acompanhou nos últimos degraus da sua existência, nesse tempo da finitude. Marcou os seus limites, não poupou outros. Lê-se em silêncio.

Da recensão no Acrítico, leituras dispersas.

SobreaFinitude

A coleção Vampiro está de volta!

Livros do Brasil relança a 26 de maio a emblemática coleção de clássicos do policial.

Um ano depois do relançamento da coleção Dois Mundos, a Livros do Brasil cumpre agora uma promessa já feita aos leitores: o relançamento da coleção Vampiro, que se iniciará com dois livros, Os Crimes do Bispo, de S.S. Van Dine (n.o 1) e Vivenda Calamidade, de Ellery Queen (n.o 2). Numerados, em formato de bolso e com um preço acessível – como sempre foi característico desta coleção –, regressam a partir do dia 26 de maio às livrarias os clássicos da literatura policial.

Criada no final dos anos 40 e com mais de 700 títulos, a coleção Vampiro marcou gerações de leitores e a história da edição em Portugal, lançando livros dos grandes autores do policial, como Raymond Chandler, Agatha Christie, Dashiell Hammett, Rex Stout, Erle Stanley Gardner, Georges Simenon ou Van Dine e Ellery Queen, muitos deles pioneiros no género e criadores de detetives marcantes que tinham a dedução como principal arma contra o crime.

Nota de Imprensa Livros do Brasil.

ColeVampiro

Como Viver com a Autoestima, de Christine Wilding

Este livro está dividido em cinco partes e é um guia de apoio, dando primazia ao método Passo após Passo para ultrapassar a baixa autoestima. Este apoio é tanto a nível prático como emocional.

A Drª Christine Wilding tem uma pós-graduação em Terapia Cognitivo-Comportamental pela Universidade de Londres. É consultora do ministério da saúde de Inglaterra para o tratamento da depressão e formadora em vários cursos.

«Sendo psicoterapeuta, trabalho diariamente com pessoas que sofrem de baixa autoestima. Estas pessoas podem apresentar-se com uma grande variedade de problemas, desde sofrerem de depressão crónica a verem as suas vidas a desmoronarem-se por terem perdido o emprego ou um ente querido ou qualquer outra experiência traumatizante. Embora os problemas possam variar, o fator comum a todas estas pessoas é quase sempre a sua incapacidade para lidar eficazmente com os problemas, e isto acontece por falta de confiança nas suas capacidades para o fazer. Como terapeuta, o meu papel não é resolver as crises pessoais dos meus clientes, mas antes levantar-lhes a autoestima e a resiliência de forma que eles consigam resolver os seus próprios problemas, por muito diversos que possam ser. O intuito desde livro é oferecer o mesmo tipo de ajuda profissional no sentido de desenvolver uma autoestima forte de um modo simples e independente, que permita a uma maior audiência beneficiar do tipo de ajuda que os terapeutas normalmente proporcionam aos seus clientes.»

Nota de Imprensa da Pergaminho.

ComoViverComAutoestima

A Falácia do Empreendedorismo, de Adriano Campos e José Soeiro

Dois sociólogos habituados a suspeitar de explicações fatalistas para os fenómenos sociais complexos e a duvidar de quem propõe respostas individualistas para problemas coletivos, como o desemprego e a precaridade. Juntos aqui para questionar o empreendedorismo como resposta à crise de emprego. 

Sabia que a totalidade das medidas de apoio ao empreendedorismo, nas quais foram investidas centenas de milhões de euros, chegaram apenas a 1% dos desempregados oficialmente inscritos?

Sabia que os países onde há taxas mais elevadas de autoemprego não são os países com economias mais inovadoras, mas sim onde há mais pobreza, como o Vietname ou o Bangladesh?

Sabia que a herança, e não o mérito e o esforço individual, tem um peso cada vez maior na acumulação de riqueza na nossa sociedade, ao contrário do que sugere o discurso do empreendedorismo?

Nos últimos anos, o empreendedorismo tem-se apresentado como a saída para a crise do emprego. Multiplicaram-se programas públicos de apoio e promoção do empreendedorismo. O tema entrou nos currículos de todos os níveis de ensino, havendo até workshops de «empreendedorismo para bebés». O «espírito do empreendedorismo» foi acolhido nas políticas sociais e desenvolveu-se uma rede de instituições, plataformas e encontros destinados a disseminá-lo. Neste livro, dá-se conta deste processo, dos mitos que lhe estão associados e dos resultados concretos alcançados.

Sobre o objetivo deste livro (da Introdução

Trata-se, sim, de fazer uma crítica séria e fundamentada da narrativa hegemónica do empreendorismo, da sua racionalidade tendencialmente totalitária e do projeto político que lhe está subjacente. Ao fazê-lo, pretendemos também contribuir para que se reabilitem outras racionalidades, se construam outras narrativas e se busquem outros projetos, fundados sobre uma ideia do humano em que a cooperação, a partilha, o planeamento coletivo e democrático e a escolha política se sobreponham à lógica autoritária da competição individual. 

Adriano Campos. 31 anos. Doutorando em Sociologia do Trabalho pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Membro do Conselho de Redação da revista Vírus e da Direção da Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis.

José Soeiro. 31 anos. Sociólogo. Doutorado em Sociologia do Trabalho pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Ativista do Teatro do Oprimido. É coautor, entre outros, dos livros Não Acredite em Tudo o que Pensa (Tinta-da-china, 2013), Ideologias Políticas Contemporâneas (Almedina, 2013), e Trabalho, Juventude e Precariedade (Praxis, 2012). É deputado à Assembleia da República pelo Bloco de Esquerda.

Nota de Imprensa Bertrand Editora.

978-972-25-3222-8_A Falacia do Empreendedorismo

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Assertividade para Mulheres, de Cornelia Topf

 Um Guia Prático para Líderes Confiantes, Eficazes e Inspiradoras. Cornelia Topf é uma das coaches profissionais mais respeitadas da Alemanha e através deste livro – Assertividade para Mulheres – apresenta um guia para mulheres, examinando as principais características da liderança, as dificuldades na assertividade, mas, sobretudo, oferece um conjunto de soluções para que as mulheres se tornem mais eficazes, inspiradoras e melhores líderes.

Cornelia Topf é uma autora best-seller na área da Gestão de Empresas em grande escala e com este livro procura passar um grande ensinamento às mulheres: a saberem impor-se! Todos os anos surgem centenas de estudos que abordam cientificamente esta fraqueza em particular e o que pretende Cornelia Topf é que isso deixe de acontecer, sem que para isso uma mulher tenha de ser brusca, não tenha escrúpulos ou destrua relacionamentos para se afirmar. Assertividade para Mulheres explica como uma mulher pode impor-se perante qualquer pessoa ou em qualquer situação e apesar disso, ou exatamente por isso, manter-se charmosa, amigável, com capacidade relacional, feminina, popular e simpática.

É disto que se trata este livro: estratégias de assertividade femininas e o que pode uma mulher ganhar com isso.

Sobre a autora: 

Cornelia Topf é uma das coaches profissionais mais respeitadas da Alemanha. Tem uma vasta experiência na área comercial industrial, tendo posteriormente dirigido vários jornais e publicações e trabalhado na área das Relações Públicas. É autora de mais de uma dezena de livros sobre comunicação, formação e desempenho profissional.

Sinopse 

Um homem com um cargo de direção é um líder; uma mulher no mesmo cargo… costuma ser classificada com termos menos simpáticos!

Alguns dos «mitos empresariais» mais comuns: as mulheres numa posição de poder são abusadoras; as piores chefes são mulheres; são as mais difíceis, as mais irrazoáveis – e as que mais obstáculos criam às suas próprias colaboradoras.

A verdade por trás deste mito é simples: é tudo uma questão de perceção. As mulheres em cargos de chefia ou direção estão, pela sua simples presença, a desafiar algumas convenções de género. Assim sendo, têm de se esforçar duplamente para serem líderes fortes e capazes de conduzir as suas equipas em todos os desafios profissionais.

A liderança está intimamente ligada a uma arte de difícil mestria para pessoas de qualquer género: a assertividade. Ao longo destas páginas, Cornelia Topf explica quais são as dificuldades que as mulheres especificamente enfrentam ao tentar liderar com assertividade, e oferece conselhos práticos e estratégias infalíveis para serem líderes fortes que todas têm o potencial de ser.

Nota de Imprensa da Gestão Plus, Bertrand Editora.

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Leitura do poema “No meio do caminho” | Carlos Drummond de Andrade

Para marcar os 40 anos do poema “No meio do caminho”, Carlos Drummond de Andrade publicou, em 1967, o livro Uma pedra no meio do caminho — Biografia de um poema, no qual reuniu uma ampla seleção com o que foi dito sobre os famosos versos. O Instituto Moreira Salles lançou em 2010 uma nova edição do livro concebido pelo próprio Drummond, ampliada pelo também poeta Eucanaã Ferraz. Por ocasião do lançamento, o IMS produziu um vídeo com a leitura de “No meio do caminho” em vários idiomas.

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Pratos & Travessas, de Mónica Pinto

A fotografia soberba e as histórias contadas são portas que se abrem para revelar uma cozinha familiar onde se saboreiam pratos deliciosos e convidativos, que nutrem e satisfazem. Pode ser um pequeno-almoço ou brunch, um jantar simples de todos os dias, um piquenique fresco e colorido. Ou então um alegre jantar de amigos. Uma mesa com sabor a verão ou uma seleção de bolos lindos e festivos. Receitas para todas as ocasiões, perfeitas para mimar e juntar à volta da mesa aqueles de quem mais gosta. Um livro inspirador que gostará de ter sempre por perto.

Pratos & Travessas, de Mónica Pinto, é a nova aposta da Bertrand Editora na área da gastronomia, um livro de receitas que faz abrir o apetite só de olhar para as fotografias. Não admira porquê! A autora é fotógrafa e food stylist de profissão, tendo o seu trabalho tido destaque em várias publicações de prestígio como a Fork Magazine, Wall Street International ou a Lust Auf Genuss, entre muitas outras.

Este é o livro de estreia de Mónica Pinto e resulta do seu trabalho enquanto profissional nesta área, mas também do seu blogue – http://pratos-e-travessas.blogspot.pt/ – que dá nome a este título. Pratos & Travessas foi o primeiro blogue português a ser nomeado, entre 40.000 blogues de todo o mundo, para os BFBA – Best Food Blogs Awards da revista americana Saveur. Foi o único blogue, em 2012, a ser nomeado nas duas categorias de fotografia então existentes.

Não sendo cozinheira de profissão, Mónica Pinto é com todo o seu coração. Quando não está a fotografar, dedica-se a confecionar os mais deliciosos pratos para a família e os amigos. Através das suas próprias palavras, a autora explica como pretende que este livro seja uma deliciosa fonte de inspiração para todos, dentro e fora da cozinha. «Assim que comecei a trabalhar neste projeto, o meu primeiro desejo foi criar uma fonte de inspiração para quem já está à vontade na cozinha, mas também para aqueles que querem começar a cozinhar, na forma de receitas caseiras, familiares e com uma pequena seleção de algumas das melhores receitas do blogue. As receitas que gostamos de comer cá em casa e que gosto de cozinhar e servir nas mais variadas ocasiões, representadas por imagens lindas, apelativas e algumas histórias pessoais e gustativas», explica a autora no seu blogue.

Apesar do livro assumir o nome do blogue, as receitas que constam no livro são quase todas inéditas e mesmo as que transitaram do blogue para o livro foram atualizadas, dando-lhes uma nova abordagem.

Bolo húmido de chocolate e mascarpone, quadrados amanteigados de amoras, tartes de maçã e framboesas em flan e tarte de alheira, couve e maçã verde são algumas das receitas que constam no livro.

Mónica Pinto é fotógrafa, food stylist e blogger. O seu trabalho reflete a sua vivência fortemente ligada à boa comida e à arte, o que levou o seu blogue Pratos & Travessas a ser reconhecido internacionalmente.

Realizou trabalhos em Portugal e Estados Unidos, nomeadamente Nova Iorque, e os seus clientes estão espalhados por vários países do mundo.

Nota de Imprensa da Bertrand Editora.

978-972-25-3204-4_Pratos & Travessas_1

 

TIRO E QUEDA – Mortes que Mudaram a História, de José Jorge Letria

Desde a Antiguidade Clássica até aos nossos dias, o exercício do poder esteve sempre sujeito à possibilidade de contestação – popular, política ou ideológica, entre outras formas. Em Portugal, mortes como as de Miguel de Vasconcelos, do rei D. Carlos ou do presidente Sidónio Pais alteraram definitivamente os destinos do nosso país; no estrangeiro, os assassinatos de Júlio César, do imperador Francisco Fernando ou do revolucionário Emiliano Zapata, mudaram, de forma profunda e decisiva, o rumo da História.

Movidas pelo ódio, pela inveja, pela ambição ou pela sede de poder e interpretadas pela insatisfação popular, por adversários políticos e ideológicos ou por familiares sedentos de glória, muitas foram as causas que motivaram alguns dos assassinatos mais cruéis que a Humanidade presenciou. Guia das grandes mudanças nos destinos das nações e dos impérios, Tiro e Queda – Mortes que Mudaram a História é uma obra fundamental para a compreensão da História da Humanidade, dos tempos mais remotos até à nossa contemporaneidade.

Jornalista e escritor, José Jorge Letria nasceu em Cascais. Foi vereador da Cultura da sua terra natal entre 1994 e 2002. Foi redactor e editor em alguns dos mais importantes jornais portugueses, terminando a actividade como editor doJornal de Letras. É pós-graduado em jornalismo Internacional, mestre em Relações Internacionais e doutorando em Ciências da Comunicação. Autor de uma vasta obra literária, tem livros traduzidos em mais de uma dezena de idiomas. Foi distinguido com importantes prémios literários em Portugal e no estrangeiro – Prémio Internacional UNESCO, Prémio Aula de Poesia de Barcelona, Prémio Plural (México), dois grandes prémios da Associação Portuguesa de Escritores, etc. Foi, com José Afonso e outros, um dos nomes mais destacados do canto político em Portugal, tendo sido agraciado com a Ordem da Liberdade pelo presidente Jorge Sampaio. É presidente da Direcção e do Conselho de Administração da Sociedade Portuguesa de Autores e presidente do Comité Europeu de Sociedades de Autores da CISAC.

Nota de Imprensa da Parsifal.

KTiroQueda

Ana Zanati na Casa da Cultura de Setúbal

Ana Zanatti vai estar por aqui para participar em mais uma sessão Muito cá de casa, na Casa Da Cultura | Setúbal.
Com ela vai estar Viriato Soromenho-Marques, que apresenta Sexo Inútil, o mais recente livro da escritora e actriz.
Rosa Azevedo modera o debate. O encontro está marcado para a próxima sexta-feira, dia 20, às 22 horas.
Convidados.
AnaZanatiSet

História de um cão chamado Leal, de Luis Sepúlveda

O novo livro infantojuvenil de Luis Sepúlveda, História de um cão chamado Leal, conta mais uma vez com as magníficas ilustrações de Paulo Galindro. Descendente de uma longa linhagem de contadores de histórias, o escritor cumpre o seu destino narrando uma comovente história que lhe foi transmitida em criança pelo tio-avô, que pertencia ao povo indígena Mapuche, Gente da Terra, do Sul do Chile. «Sempre quis contar uma história às crianças mapuches […] Agora que me aproximo da idade do meu tio-avô, Ignacio Kallfukura, conto-vos a história de um cão que cresceu com os mapuches. De um cão chamado Leal. Convido-vos, pois, a virem à Arucânia, a Wallmapu, ao país da Gente da Terra.»

SINOPSE

Afmau, que significa «leal e fiel» na língua mapuche, a língua da Gente da Terra, é o nome ideal para um filhote de pastor-alemão que, sobrevivendo à fome e ao frio da montanha onde nasceu, assim demonstra a sua enorme lealdade à vida. Na companhia de Aukamañ, um rapazinho mapuche, Afmau aprende a conhecer o mundo que o rodeia e a respeitar a diversidade da natureza. Porém, nem todos pensam da mesma forma: um bando de estrangeiros, com costumes estranhos aos da Gente da Terra, chega à aldeia onde Afmau vive, semeando o caos e o medo.

Condenado daí em diante a uma vida de servidão e crueldade, obedecendo a uma missão odiosa – perseguir e capturar todos os que se oponham ao bando de estrangeiros –, o destino acaba por proporcionar a Afmau uma derradeira oportunidade de redenção, numa fábula maravilhosa e naturalista onde Luis Sepúlveda reflete sobre o peso do passado e da memória, a força da amizade e da solidariedade e o respeito pela Terra e por todos quantos nela habitam.

Nota de Imprensa da Porto Editora.

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Centro Lusófono de São Petersburgo recebe visita de adido cultural do Brasil | Adelto Gonçalves

SÃO PETERSBURGO – O Centro Lusófono Camões, da Universidade Estatal Pedagógica Herzen, de São Petersburgo, recebeu a visita do adido cultural da Embaixada do Brasil em Moscou, primeiro-secretário Igor Germano. Durante a visita, o adido fez a entrega de livros, edições bilíngues e documentários para o acervo do Centro Lusófono Camões. O adido cultural aproveitou a viagem a São Petersburgo para visitar mais duas universidades de São Petersburgo onde ensinam a Língua Portuguesa.

Os professores-tradutores do Centro Lusófono Camões preparam atualmente a tradução dos trabalhos que constituirão o livro Antologia de Contos Brasileiros, que será editado pela instituição, provavelmente com o apoio da Embaixada do Brasil e do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. O livro deverá reunir cerca de 30 autores brasileiros contemporâneos. Até agora, segundo o professor Vadim Kopyl, diretor do Centro e responsável pela publicação, já foram traduzidos para o russo 18 contos.

Em 2006 e 2007, o Centro Lusófono Camões publicou em edição russo-portuguesa, com o apoio da Embaixada do Brasil em Moscou, os livros Contos de Machado de Assis e Contos Escolhidos de Machado de Assis, com prefácios do escritor e professor Adelto Gonçalves, doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Em 2013, a Embaixada apoiou a publicação da segunda edição revista do livro Contos Escolhidos de Machado de Assis.

Desde a sua fundação em 1999, o Centro publicou também em edições bilíngues os livros Guia de Conversação Russo-Portuguesa Contemporânea, Poesia Portuguesa Contemporânea (2004), que reúne poemas de 26 poetas portugueses, e Vou-me embora de mim (2007), do poeta português Joaquim Pessoa. O Centro Lusófono Camões mantém estudantes nos níveis zero, médio e superior.

Biblioteca

Desde campanha iniciada em agosto de 2011, o Centro Lusófono Camões recebeu mais de 300 livros de instituições e autores do mundo lusófono que enriqueceram sobremaneira o seu acervo, mantendo seus professores e estudantes atualizados sobre a movimentação cultural nos países de Língua Portuguesa. As instituições, editoras e autores interessados devem enviar os seus livros e outras publicações para:

Prof. Vadim Kopyl

CENTRO LUSÓFONO CAMÕES

Moica 48 – UNIVERSIDADE ESTATAL PEDAGÓGICA HERZEN k. 14

São Petersburgo – Rússia

 

Foto: Divulgação

Legenda:

O adido cultural da Embaixada do Brasil em Moscou, Igor Germano, durante exposição aos estudantes do Centro Lusófono Camões da Universidade Herzen, em São Petersburgo

PARA QUE LADO REPOUSA A INFÂNCIA | Alberto Serra

O Alberto Serra tem novo livro de poesia. A malta da Insubmisso Rumor (Carlos Lopes) tem estado a fazer um excelente trabalho ao constituir de raiz esta nova colecção de poesia para a qual tenho a sorte e prazer de assinar as capas com fotografias originais. É coisa que já acontece pouco, é coisa que julgo mereceria mais acompanhamento mediático. Do João Rios ao Ivo Machado, há coisas que mereciam um bocadinho (grande) de atenção. Mas, enfim, o país mediático é o detergente que sabemos…

Pedro Teixeira Neves

albertosderra - 500

 

Luís Sepúlveda em Portugal

Luis Sepúlveda, que foi recentemente distinguido com o Prémio Eduardo Lourenço, estará em Portugal no mês de junho:

Porto: No dia 8 de junho, será protagonista do Porto de Encontro, na Casa da Música.

Coimbra: a 10 de junho participa, juntamente com Richard Zimler, na Viagem Literária em Coimbra, no Teatro Académico Gil Vicente.

Lisboa: o autor vai estar presente na Feira do Livro de Lisboa nos dias 11 e 12 de junho, acompanhado por Paulo Galindro.

Luis Sepúlveda nasceu em Ovalle, no Chile, em 1949. Da sua vasta obra (toda ela traduzida em Portugal), destacam-se os romances O Velho que Lia Romances de Amor e História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar. Mas Mundo do Fim do Mundo, Patagónia Express, Encontros de Amor num País em Guerra, Diário de um Killer Sentimental ou A Sombra do que Fomos (Prémio Primavera de Romance em 2009), por exemplo, conquistaram também, em todo o mundo, a admiração de milhões de leitores. História de um cão chamado Leal é o seu 17o livro na Porto Editora. Recebeu recentemente o Prémio Eduardo Lourenço.

Nascido em 1970 e licenciado em arquitetura, Paulo Galindro é autor de diversos livros ilustrados, feitos em parceria com alguns dos mais importantes escritores nacionais e internacionais, como Luis Sepúlveda, António Mota, David Machado, entre outros. Viu a sua obra premiada por diversas vezes. Juntamente com Natalina Cóias criou o coletivo de ilustração Pintarriscos. Mais informações em www.paulogalindro.com

Sobre o livro: História de um cão chamado Leal

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Desigualdade – O Que Fazer? – de Anthony B. Atkinson

 «A desigualdade encontra-se, neste momento, na vanguarda do debate público. Já muito se escreveu acerca do 1 por cento e dos 99 por cento, e mais do que nunca temos noção da abrangência da desigualdade.

O que pode ser feito se pretendermos seriamente reduzir a desigualdade de rendimentos? Como poderá a crescente perceção pública ser traduzida em políticas e ações que realmente diminuam a desigualdade?

Neste livro apresento políticas concretas que acredito poderem levar a uma genuína alteração na distribuição dos rendimentos, proporcionando uma menor desigualdade. O meu objetivo, indo beber às lições da história e pegando na economia subjacente com uma perspetiva nova – através de um olhar distributivo –, é mostrar o que pode ser feito para reduzir a desigualdade, segundo um espírito otimista. O mundo está a braços com problemas graves, mas coletivamente não somos impotentes contra forças que nos escapam ao controlo. O futuro está, mais do que nunca, nas nossas mãos.»

 Anthony Barnes Atkinson é um reconhecido economista britânico que leciona na London School of Economics. A par com Simon Kuznets, Prémio Nobel da Economia, é um dos pioneiros do estudo empírico das desigualdades de rendimento, e a sua investigação influenciou, entre outros, os trabalhos de Thomas Piketty.

Atkinson tornou-se a maior referência britânica para o estudo da desigualdade e da pobreza, áreas que explorou ao longo dos últimos 40 anos, e deixa o seu nome ligado ao desenvolvimento de uma destacada medida de desigualdade de rendimentos: o índice de Atkinson.

Nota de imprensa Bertrand Editora.

978-972-25-3097-2_Desigualdade Que Fazer

Se o passado não tivesse asas – Pepetela


A terrível luta diária pela sobrevivência dos meninos de rua, em plena guerra, contrasta com a fartura desmesurada dos jovens da nova burguesia de Luanda.

Se o Passado não Tivesse Asas cruza duas histórias, duas grandes personagens femininas, numa narrativa original com um desfecho imprevisível, que retrata os últimos vinte anos da história de Angola.

Mais sobre o livro aqui.

 

L de Lisboa | Ana Marques Gastão

«L de Lisboa» é o primeiro livro de poesia a solo que Ana Marques Gastão publica na Assírio & Alvim, após a sua estreia no catálogo da editora em 2001 com o livro «Três Vezes Deus», em co-autoria com Armando Silva Carvalho e António Rego Chaves. E embora a cidade de Lisboa esteja aqui omnipresente este é um livro que transcende largamente essa unidade temática. Portugal, História e identidade, os tempos presentes, o impuro e a beleza. «Lisboa sim ou talvez não.»

TERRA VERTICAL
Veio de continentes antigos a terra exígua
em pé enxuto, da ventania sobrou o grão
de farinha e as entranhas saíram de ondas
comerciantes. Além da cobiça, do dinheiro,
Portugal quer ser livro, inundação, efusão
de um impossível bem; seu maior tributo
jaz sob o fogo, a prática é fútil, mas em dias
de desejo cabe-lhe a voz, o orvalho e o mel
que vêm de alto para baixo a reconstruir o
sonho de uma cidade talvez um dia vertical.

SOBRE A AUTORA
Ana Marques Gastão (1962) nasceu em Lisboa. É poeta, crítica literária, ensaísta e investigadora do CLEPUL. EscreveuTempo de MorrerTempo para Viver (1998), Terra sem Mãe (2000), Três Vezes Deus, em co-autoria com António Rego Chaves e Armando Silva Carvalho (2001), Nocturnos (2002), Nós/Nudos25 poemas sobre imagens de Paula Rego(traduzido para castelhano por Floriano Martins, Prémio Pen Clube 2004), Lápis Mínimo (2008) e Adornos (2011). Organizou o livro de entrevistas O Falar dos Poetas (2011) e é autora do volume de ensaios As Palavras Fracturadas(2013). Nós/Nudos foi publicado em França com o título Noeuds (2007), tradução de Catherine Dumas. Editou no Brasil a antologia A Definição da Noite (2003). Alguns dos seus poemas estão traduzidos para castelhano, catalão, francês, inglês, alemão, romeno e esloveno. Coordena a revista Colóquio-Letras da Fundação Gulbenkian desde 2009. Licenciada em Direito pela Universidade Católica Portuguesa e advogada, foi jornalista cultural, durante mais de vinte anos, no Diário Popular e no Diário de Notícias, e cronista nas revistas Paralelo e Artes e Leilões. Dirige, no âmbito da Festa do Chiado, desde 2008, a iniciativa «Cinco Livros/Cinco Autores», do Centro Nacional de Cultura.