Nas praias de lá | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2017/06/30, atualizado em 2017/06/30 por Das Letras Quem dera fosse possível um dia, já libertada do pó, do pus, do pecado, da fétida carne, dos excrementos, das excrescências do corpo, a alma flutuasse etérea entre outras almas, brancas como as […]
Paris uma vez | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2017/05/24 por Das Letras No centro do coração estava Paris Paris das boulevards apetecíveis em cada esquina, em cada rua, em cada centro por acaso, no Centro Pompidou, foi bom … olhando ao acaso as acrobacias dos […]
Subitamente | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2017/05/20, atualizado em 2017/05/20 por Das Letras Estava virada para os teus olhos não foi preciso pedires que ficasse dentro deles já tinha caído antes de os ver e sempre deixou de ser um advérbio para ser este verbo na(morar) […]
Elegia de Amor| Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2017/05/07 por Das Letras pediste-nos no leito da sombra para rezar por ti. já mal falavas. mas ainda rezaste baixinho um padre nosso com as tuas filhas na véspera de todos os adeuses. eu rezo, mãe, mas […]
Lágrimas por Alepo | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2016/12/28, atualizado em 2016/12/28 por Das Letras É para Ti , talvez desperto que escrevo sobre Alepo vestida de cinza repetível em dia de finados. É para Ti, o meu carpir na noite… e o aprumo dos meus olhos no […]
poema | maria isabel fidalgo Publicado em 2016/06/04, atualizado em 2016/06/04 por Das Letras Escrevi amor no mapa do teu corpo com a vagarosa bússola dos sentidos escavei a ondulação do mar revolto nas águas do teu porto desabrido. Não fugi às intempéries nem à devastação do […]
Miragens | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2016/05/07, atualizado em 2016/05/07 por Das Letras Águas que correis ligeiras sem contenção nos caminhos e que cantando trazeis sonatas de ribeirinhos por entre pedras e verdes na frescura da manhã… Sabei que também eu cantei com o ímpeto das […]
dia da mãe | maria isabel fidalgo Publicado em 2016/05/01, atualizado em 2016/05/01 por Das Letras as mães têm braços enormes. cantam para aclarar os sonhos. às vezes escutam vigilantes a respiração do silêncio nas noites solitárias. acalmam o escuro. quando partem ficam sempre à superfície das candeias, brancas […]
Poema | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2016/04/03 por Das Letras Se calhar não te disse que as flores não abrem que o chão despe a tarde desolado de água que o meu coração parou no relógio da casa onde habitaste de […]
Na Páscoa | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2016/03/26, atualizado em 2016/03/27 por Das Letras Um caudal de água fria numa margem do olhar uma friagem vítrea na carne um farricoco quaresmal em procissão de enterro. Gorjeia uma ave no ar esquivo e medito um rio […]
Só sei que foi amor | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2016/03/07, atualizado em 2016/03/07 por Das Letras Só sei que foi amor a farpa aguda do teu ser e que derramei no mar e nos caminhos o sofrimento doloroso que passei no trilho dos espinhos. Hoje interrogo-me […]
Estio à beira-frio | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2016/01/16, atualizado em 2016/01/16 por Das Letras Sinto no frio da chuva e no frémito do vento o inverno chegado. Um certo desalento um certo desagrado e uma paixão ao mesmo tempo. É esta a hora do crepitar da brasa […]
Natal menina | maria isabel fidalgo Publicado em 2015/12/29 por Das Letras Era no tempo em que havia pai natal que eu existia puro dia tão leve como a noite que crescia no sapatinho inocente no fogão do meu passado na árvore com […]
Poema- Quietação | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/12/07 por Das Letras É domingo e o sol escorre pelas paredes lambe os cantos líquidos apregoa a luz das aves e a leveza do amanhecer. Há uma quietação de luzeiro sobre as margens da memória e […]
Elegia de Outono | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/11/22, atualizado em 2015/11/22 por Das Letras As árvores estão perto das mãos mas sem a carícia das folhas jacentes. ânsias de gomos verdes oblíquas tremem ao sol sem nada que as cante e no entanto o cerne […]
Labareda | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/10/26 por Das Letras Ao entardecer do estio, meu amor no tempo das amoras trepadeiras quando vacilava a luz do sol as teias da paixão eram arteiras. Crepitava junto à minha a tua boca fatia […]
Teu riso um pecado | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/09/20 por Das Letras São tantas as ruas do teu riso que me perco nos atalhos e vielas e deixo que as horas deslizem devagar e lentas pela boca num soar de harpa. Deito-me no teu riso […]
À roda do vento | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/08/31 por Das Letras Como um fio de água que escorre pela nascente da luz assim te construí. És um lume da minha imaginação. Acendes de beleza a beleza que falta à roda do vestido […]
(…) este ódio antigo e tenebroso do homem sobre o homem | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/08/22 por Das Letras As notícias e as imagens que vemos dizem deste ódio velho, este ódio antigo e tenebroso do homem sobre o homem. Vamos dizendo que é possível acreditar, mas sempre nos espantamos. O homem […]
Saio devagar | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/08/21, atualizado em 2015/08/21 por Das Letras Saio devagar do teu corpo como se lá não tivesse estado e tento distrair-me das tuas mãos e até das minhas estas mãos inúteis que tocaram com veludo de teclado a […]
Maria Barroso | Maria Isabel Fidalgo Publicado em 2015/07/11 por Das Letras não é súbito o amor nem a força nem a construção de um poema íntegro como uma canção de pedra. nem o brilho das palavras calcinadas de dura mágoa antes da […]