VIRGEM | Rui Sobral Publicado em 2015/04/02 por Das Letras Aii, triste vida esta a tua que Morreste virgem, de impureza! Foram tão longos, aqueles que muitos Curtos os davam, os passos e Foste tão longe, fugindo do sol…correndo Para o […]
FADO ANTIGO | Rui Sobral Publicado em 2015/03/19, atualizado em 2015/03/18 por Das Letras Triste quando em vão te vi Quando a sorte me sorri Quando procuro lembrar Quando me vejo chorar. E é triste saber que te perdi Saber que em ti morri Saber […]
ENSAIO SOBRE DEUS E OUTRAS COISAS PORNOGRÁFICAS | Rui Sobral Publicado em 2015/03/05, atualizado em 2015/03/05 por Das Letras O amor tem feito de mim uma mulher soviética – no sentido figurativo da palavra, seja ele qual for, porque sempre tive uma relação muito bizarra com as relações bizarras, como […]
OUTRO DESABAFO | Rui Sobral Publicado em 2015/02/26, atualizado em 2015/02/25 por Das Letras Por vezes quero ser um pássaro, a voar Sobre amizades, tristezas e desamores e Por baixo de amores, de amores. Às vezes até sonho que sou eu só, andando, Vivendo por […]
PARA QUE ME AMPARES | Rui Sobral Publicado em 2015/02/12, atualizado em 2015/02/11 por Das Letras …e é tão mordaz que chego a sentir saudades de ser tudo aquilo que nunca fui… Eu só quero morder-te como à vida beber, ferrar-te os lábios e agarrar-te sempre que […]
ESTE ESCRITO NÃO TEM TÍTULO. NÃO SEI PORQUÊ. | Rui Sobral Publicado em 2015/02/05 por Das Letras O mundo parece-me o tronco de uma árvore, velho, onde passeio, vagueando de uma ponta à outra, voltando atrás repetindo o caminho vezes sem conta enquanto escorrego, por vezes, agarrando-me com […]
NÓS – OS RACISTAS | Rui Sobral Publicado em 2015/01/29, atualizado em 2015/01/28 por Das Letras Os dias aqui começam mais tarde. Lá, no oriente, nascem mais cedo. O frio, por esta altura, engana os rostos esguios. Rostos pálidos, repletos de cores mortas. De estômago acordado, fazem-se […]
SER-SE POETA | Rui Sobral Publicado em 2015/01/22 por Das Letras Ser poeta é estar morto É termos tudo e termos nada E com nada termos tudo na mão É nosso íntimo não ser paixão. É um não ser mais que ser […]
UM ESBOÇO | Rui Sobral Publicado em 2015/01/15, atualizado em 2015/01/14 por Das Letras A tosse tem-lhe assombrado as ternurentas noites em claro. Ela, com afagos, acalma-lhe o peito, o peito frágil do meu pai, do meu tudo, do tudo dela. Sinto que os dias […]
SE EU MORRER HOJE | Rui Sobral Publicado em 2015/01/08 por Das Letras Se eu morrer hoje, por favor não fujas. Não deixes que me levem embora, que se esqueçam das minhas dores, dos meus monstros – aqueles gigantes “encardecidos”. Eu peço-te que não permitas que […]
A ERECÇÃO INTELECTUAL DO DEFUNTO | Rui Sobral Publicado em 2015/01/01, atualizado em 2015/01/01 por Das Letras Eu nunca nasci vivo eu nunca amei tanto quanto a mim nunca me amei e por isso vivo morto cabisbaixo – aquele contente descontentamento As vidas dos outros parecem-me flores na areia […]
ABRAM ALAS AO NODDY!?! UPS… AO NATAL!! | Rui Sobral Publicado em 2014/12/25 por Das Letras O andar cabisbaixo identifica o monstro. O monstro nascido hoje. Morto em breve. A fome, nestes dias, é coisa zero, matéria nula. A noite será passada num inferno diferente. O frio, vestido de […]
TIROCINIOS DE MIM | Rui Sobral Publicado em 2014/12/18, atualizado em 2014/12/18 por Das Letras A minha alma é um barco, de madeira, onde embarcam pecados e saudade, tristeza e recados de vidas mortas, de vidas bêbadas e atribuladas. A minha alma é podre, mas tão podre que […]
DA MORTE, COM PAVOR | Rui Sobral Publicado em 2014/12/11, atualizado em 2014/12/11 por Das Letras A luz da manhã cheirava a terra encharcada com pétalas de rosas brancas. As mariposas invadiram todas as horas daquele tenro e precoce início de dia. Os tons frios da loucura estavam quentes […]
NÓS, OS ASSASSINOS | Rui Sobral Publicado em 2014/12/04, atualizado em 2014/12/03 por Das Letras E se de repente os insectos, literalmente, agigantassem? Se todos os cães e gatos passassem a ser lobos do tamanho de arranha céus? E se todos os porcos e cavalos e vacas e […]
JÁ SINTO SAUDADES TUAS | Rui Sobral Publicado em 2014/11/27, atualizado em 2014/11/26 por Das Letras Nunca uma luta foi tão desigual. O sufoco emancipava lágrimas nuas. Os dois, tornaram o quarto de banho ainda mais pequeno. Estavam imóveis. Ela ia partir – tinha-lhe contado há minutos. Se de […]
HAJA AMOR E VIVA A TRAIÇÃO – TRISTE!!?! | Rui Sobral Publicado em 2014/11/20, atualizado em 2014/11/20 por Das Letras O desejo tinha outro nome. Um nome vulgar. Um nome de fêmea. Ele acabara de se render a vontades escondidas em sonos vivos de noites passadas. O pulso evidenciava um bater acelerado e […]
ENSAIO SOBRE A MORTE E OS VIVOS | Rui Sobral Publicado em 2014/11/13, atualizado em 2014/11/12 por Das Letras Nada mata tanto quanto a morte daquele que vive em nós. Não há relatividade para a dor do que fica. Choroso. Perdido. Carregamos a existência do morto nas lembranças a pingar de sangue […]
UMA NOITE A MAIS NA VIDA DA MULHER VIOLENTADA | Rui Sobral Publicado em 2014/11/06, atualizado em 2014/11/06 por Das Letras Soma-se um dia. Uma noite a mais. O medo – feroz. Surgem-lhe memórias do que a vida lhe teria reservado se tivesse conquistado outras opções. Uma lágrima cai sob a almofada insossa e […]
O amor é impróprio para consumo | Rui Sobral Publicado em 2014/10/30, atualizado em 2014/10/29 por Das Letras De peito feito, olhar imóvel, entre corrupios intelectuais e um abraço franco ao discurso ensaiado, o apaixonado faz-se à estrada. Na meta aguarda uma ávida e eloquente potencial interessada. Nele, o suor escorre […]
O demónio por detrás da palavra escrita | Rui Sobral Publicado em 2014/10/23, atualizado em 2014/10/26 por Das Letras Em todas as palavras de autor o demónio está à espreita. Trata-se de uma besta insaciável, de um bicho cru, de um ladrão desmedido que rouba coisas que não lhe pertencem. Em todas […]