nesta ausência de luz é tão belo ver o teu sorriso e o brilho que brota dos teus olhos procuro-te nas sombras dos ciprestes para te ter junto de mim em […]

    a bruma que se esfuma pinta as cores da natureza mil tons de encantos mil cantos de certezas   são verdes os olhos os pássaros os galhos são trilhos e caminhos […]

    instalam-se sombras na terra dos mil nomes vislumbram-se nuvens que esvoaçam e pairam no silêncio das águas   moinhos trituram o vento das marés   pedras feitas de pó alimentam o […]

    se o final de cada verso fosse o meu ultimo poema certamente que essa não seria a razão para te ter nos meus olhos e te ler nas lágrimas que verto […]

    a bruma que se esfuma pinta as cores da natureza mil tons de encantos mil cantos de certezas   são verdes os olhos os pássaros os galhos são trilhos e caminhos […]

    quando a solidão me prende chego-me a ti e na bruma esvoaço bebo da tua boca madrugadas e sonhos que me chegam líquidos e em silêncio no vento queimo a passerelle […]

    nesta ausência de luz é tão belo ver o teu sorriso e o brilho que brota dos teus olhos procuro-te nas sombras dos ciprestes para te ter junto de mim em […]

    não me deito nas madrugadas nem nuns olhos que decantam rios secos de emoções sou tão frágil que navego num deserto de silêncios quando o Sol se esconde ou ouse apenas […]

    sobra-me a força do pensamento não amo mulheres defuntas perderam o perfume o sangue e o lume nas cadeiras vazias das manhãs cinzentas já não cheiro o tempo morreu a novidade […]

é no poente que teus olhos se põem no encontro está a ponte entre o ser e alma nas margens é a luz que te guia. teus olhos pintam sonhos numa dimensão superior […]

não inventei o grito da dor nem o gemer do prazer nem sequer o crescer dos dias nem as noites e as suas sombras colho flores nos jardins abandonados e esqueço o silêncio […]

adorno o silêncio com o perfume do teu corpo visto-me de memórias e cheiro os teus encantos no passar rústico do vento POR CFBB

no orvalho da noite não vejo os adornos escondem-se nas praças colunas de cimento suportam a vastidão do vazio ficam as sombras de um navio que se esmagam num cais desativado sobram os […]

acende-se um fósforo na noite branda e azul o feroz voo dos vampiros… ataca a luz da madrugada os meninos de olhos cinzentos aquecem-se no pó dos cartões pardos da cidade as lâminas […]

quero-te tanto nas ruas onde nascem as raízes e o pó se mastiga em flores que crescem na escuridão quero-te tanto a dançar no silêncio da noite onde as luzes amarelas são as […]

não sou a normalidade porque não quero ser a bestialidade e o obscuro sou a serena chuva abundante que nas margens alimenta os parques selvagens que florescem sou a selva mártir que estilhaça […]

amar -te-ei sempre mesmo que o céu se torne fogo serás sempre o centro da viagem… não escolho os dias nem os sonhos corro pelos meandros de uma linha torno-me em finíssima pedra […]