É Natal no mistério do tempo
em que finitos somos
incertos no pão de cada dia.
Vacilamos nas moedas
pisamos o amor como pedras
enquanto o branco é o dos poetas
em papel timbrado de angústias.
Acendemos velas e pesamos
a fome milimetricamente
em candeias escuras
no mistério do tempo
em que infinitamente
sopramos sílabas vazias
dizendo natal deslumbrados.
Maria Isabel Fidalgo