ele caminha na rua como um homem pai de família, atravessa quando o bonequinho indica, acena ao chaveiro, bate na porta do vizinho para tomar emprestado as ferramentas e as devolve a tempo sem cobranças necessárias. conquanto não goste de igreja pendura no cabide de madeira o terno domingueiro de um azul acinzentado e na intimidade, talvez na hora de barbear-se, o francisco pede proteção divina e se recorda do pai nosso rezado pela mãe numa infância.
Kátia Bandeira de Mello-Gerlach