Doce Carícia, de William Boyd

31Quando Amory Clay nasceu, na década que antecedeu a I Guerra, o seu pai desapontado, deu-lhe um nome andrógino e anunciou o nascimento de um filho. Mas esta filha que nasceu não se deixa definir pelos outros; Amory tornou-se uma mulher que não aceita que lhe imponham limites para o que isso pode significar e, mal se viu com a sua primeira máquina fotográfica nas mãos, passou a ser também alguém que regista sempre a sua própria versão dos acontecimentos. Circulando livremente entre Londres e Nova Iorque, entre o fotojornalismo e a fotografia de moda e, também, entre os homens que a amam sempre de um modo complexo, Amory impõe-se como alguém capaz de arriscar tudo, como uma apaixonada passageira da vida. A sua fome de experiências leva-a a conhecer a decadência da Berlim da República de Weimar e a violência dos motins dos camisas negras de Londres; fá-la viajar até à Renânia com as tropas aliadas; e, mais tarde, até ao epicentro do turbilhão político de um Vietname dividido pela guerra. No curso da sua ambiciosa carreira, os momentos fundamentais do século xx tornar-se-ão igualmente os momentos inesquecíveis da sua própria biografia.

Nota de Imprensa D. Quixote.

 Doce Carícia