Gabriela Ludovice

GabrielaGabriela Ludovice (Lubango)
Formou-se em Filosofia. Experimentou de forma baldia algo de teatro, rádio e fotografia. Publicou um livro de pensamentos/poemas “Caixinha com rodas”, Ed. GEIC, Lx, 2006, colaborou com texto para um Documentário de Constantino Martins em 2011 e participou com um conto no livro “Estamos Juntos”, Ed. Leigos para o Desenvolvimento, Lx, 2011.
 

 

 


 

Artigos:

 

  • Exercício de independência impossível Março 29, 2013 - Tornar o mundo um miolo, achatá-lo com peso de corpo sobre o tampo atoalhado da mesa, arredondá-lo sob a palma linhosa da mão que o sente ínfimo desperdício, coisa que se pode perseguir […]
  • Proximidade Janeiro 26, 2013 - As botas embatem surdas com os olhos excitados, na terra de ainda veios vermelhos. Separamo-nos para iludir a nossa figura avolumada pela carga, por entre a ronceira folhagem de cheiros silvestres, que mal […]
  • Exercício homicida Outubro 31, 2012 - Afinal uma bala é só o começo do barulho nos olhos. Este ruído é provocado pelo silêncio de quem se está a afastar depois que deixou uma bomba na concha das mãos de […]
  • Promenade Outubro 7, 2012 - Vamos dar um passeio, sugeriu ele já era escuridão. Ela acelerou-se de alegrias, compondo a saia. Baixaram a rua OKM-474, as intensas chuvas tinham gizado fundura, estrias na terra, eles tinham de inclinar […]
  • Exercício para as pessoas simples Setembro 24, 2012 - Atar os sapatos à alma, como se fosse ela uma coisa de possível entendimento. Ou nalgum bolso junto à carne, trazê-la num postal de mostrar aos outros ou sê-la como se um cachecol a […]
  • O visionário Julho 13, 2012 - Há uma zoada de coisas que se amontoam, arrastadas como vestuário longo sobrando do tamanho do corpo. Um ruído surge do serem compelidas até ali e soa como o estrépito já em lama […]
  • Mapeamento das querenças Maio 21, 2012 - O seu todo pensamento anda inclinado, nessa procura do que parafrasear com os dentes. Está aturdido por dentro, mesmo sem fomentar brusquidão no corpo ou misturar altitudes. Um pé só é possível trás […]
  • A linha da porta Abril 29, 2012 - Com Hashmukh começou por ser a incerteza da vestimenta, a incomodá-lo a diário. Ora não se convencionava com a cor da pele ou com as feições adquiridas no sono, ora distorcia a competente […]
  • E agora Drummond? Abril 19, 2012 - De cor o escuro que apadrinha o tecto e quando torço a cara, o resto do quarto e mais para lá ainda o corredor. Chamam-lhe insónia. Na cabeça, brechas. Na estante, coisas para […]
  • Esse sentimento vem Abril 5, 2012 - “ As girafas passeiam-se ao fundo do cérebro” Esse sentimento vem-me por ver a sua esparsa barba sobre a pele negra, a pedir a ponta dos meus dedos. Procuro-o, para só olhá-lo. Gasto horas […]
  • O incêndio Março 14, 2012 - Um dia queimei a biblioteca da cidade na minha cabeça, sem piedade por nenhum dos autores e fui-me sentar no chão a comer com as cabras e a olhar o mar, que estava […]
  • Exercício para se não encontrar o chão do mar Março 1, 2012 - Experimentemos a rua inclinada da urbe. A vitrina que se sucede à vitrina, em fileira na via que para uns sobe e para outros desce, serve o próprio, não para se imaginar em […]
  • Coisas que se pensam quando qualquer outra coisa seria menos inútil Fevereiro 7, 2012 - Ser consciencioso é estranhamente, por vezes, denegrir a parte pela qual a consciência se sente menos atraída. A consciência é apenas o instrumento, que nos permite inclinar a existência mais para um lado do […]