É para Ti , talvez desperto
que escrevo sobre Alepo
vestida de cinza repetível
em dia de finados.
É para Ti, o meu carpir na noite…
e o aprumo dos meus olhos
no retábulo das lágrimas.
É para Ti ,nesta quadra santa
onde nasceste rei dos reis
feito menino
que te peço crianças
com fulgor de laranjas
num pomar de beijos.
É para Ti que peço ouvidos
para os gritos
e mãos de sol
em lençol de estio.
É para Ti, meu Deus ,
talvez desperto
que choro por Alepo.
maria isabel fidalgo