Como um fio de água que escorre pela nascente da luz
assim te construí.
És um lume da minha imaginação.
Acendes de beleza
a beleza que falta à roda do vestido
que arejo em dias de festa.
Eu gosto que sejas belo na roda do meu vestido
quando o vento o desarruma.
Quando o vento sopra alto
as rendas são a roda do meu vestido a cantar à beira da fonte
e eu uma catraia a saltar à corda nas pedras de um riacho.
Não digas a ninguém que és lume
que eu quero que o segredo seja nosso
e que o meu vestido traga o vento de todos os universos para o desarrumar.
maria isabel fidalgo