De que serviria, de Rui Pires Cabral

DE QUE SERVIRIA

Aquilo que somos não é aparente,
não podemos explicar o sofrimento
de onde procede este amor.
Mas eu não vim para te dizer
como as sombras mistificam
o mundo: não me perguntes nada.
Tu já és a causa por detrás da máquina
dos dias, se eu for por essa terra fora
será para chamar por ti.

Morada – poesia reunida de Rui Pires Cabral, Assírio & Alvim 2015.

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