Sessão de lançamento do livro de poesia Mediterrâneo de João Luís Barreto Guimarães.
O gato não quer movimento
Longas tardes passa o gato espojado
a meditar (de quem é o gato o espectro
cabe ao gato
revelar). A manhã inteira ocupado a
anular movimentos
(uma folhinha pelo chão
a teimosia do vento) coisas
que façam barulhos ou se movam insistentes:
no seu território
não.
Ruínas a toda a volta. Silêncio
dentro do silêncio. O
próprio tempo parado para
dar o exemplo.
Mediterrâneo, de João Luís Barreto Guimarães, 2016, Quetzal
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