não me deito nas madrugadas
nem nuns olhos que decantam
rios
secos de emoções
sou tão frágil que navego num deserto de silêncios
quando o Sol se esconde ou ouse
apenas partilho a transparência do momento
e a solidão de um navio partido
sem rumo
num cais que se afoga
é nesta linha que o meu silêncio
se cruza
e busca um rosto
num porto sem abrigo
onde o indefinível me liberte e me solte
POR CFBB