Olavo ainda rezingou ao sair da casa da cartomante com um inexpressivo sete de copas nas mãos: A sorte da vida onde sempre esteve foi no inferno. A minha sorte é que vou para o inferno, pensou ao abater a anciã que olhava estática seus olhos de homem desesperado. O meu azar é que vou encontrar você, disse ao estreitar as mãos no pescoço do siamês que o arranhou quase como Claudina deixaria de fazer para sempre, quando chegasse a casa, naquela noite.

 ERRATA:

Onde se escreve:

A minha sorte é que vou para o inferno, pensou ao abater a anciã que olhava extática seus olhos de homem. O meu azar é que vou encontrar você, disse ao estreitar as mãos no pescoço do siamês que o arranhou quase como Claudina deixaria de fazer para sempre, quando chegasse a casa, naquela noite.

Deve ser lido:

A tua sorte é que vais para o inferno junto a ele, pensei ao abater sua mãe que olhava extática meus olhos de esposa infiel.

Francisco Rogido

Francisco Rogido

Share
Published by
Francisco Rogido

Recent Posts

Gonçalo M. Tavares vence Prémio Literário Vergílio Ferreira 2018

Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…

7 anos ago

Gente Lusitana | Paulo Fonseca

Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…

7 anos ago