Atar os sapatos à alma, como se fosse ela uma coisa de possível entendimento.
Ou nalgum bolso junto à carne, trazê-la num postal de mostrar aos outros ou sê-la como se um cachecol a pudesse em várias voltas contornar ou ainda, viajá-la como um filho de colo, ciente apenas dos movimentos quentes de quem o transporta, àquela considerável distância do chão e dos temores.
Gabriela Ludovice