A Assírio & Alvim publica Cartas reencontradas de Fernando Pessoa a Mário de Sá-Carneiro, um livro de Pedro Eiras cuja originalidade, atenção ao detalhe e verosimilhança vão deixar o leitor na dúvida: será isto ficção ou realidade?
Mário de Sá-Carneiro, cujo centenário da morte se assinala em abril, enviou várias cartas a Fernando Pessoa. Essas cartas são conhecidas e foram, de resto, publicadas num volume na Assírio & Alvim (Cartas de Mário de Sá-Carneiro a Fernando Pessoa). Das respostas de Pessoa, por sua vez, sabe-se muito pouco. “Durante décadas, os leitores das cartas de Sá-Carneiro especularam, com fascínio, sobre o que conteriam as cartas de Pessoa: muitas vezes, Sá-Carneiro reage às informações do amigo; noutros passos, coloca questões e faz pedidos, a que Pessoa forçosamente se terá referido na correspondência seguinte”, explica Pedro Eiras na abertura deste livro, onde explica ainda como descobriu, no antigo Hôtel de Nice, em Paris, as cartas que Fernando Pessoa enviara a Mário de Sá-Carneiro entre julho de 1915 e abril de 1916. Essa correspondência deixa entrever o quotidiano de Pessoa, os seus projetos, entusiasmos e dúvidas, cem anos depois de Orpheu.
Pedro Eiras nasceu em 1975. É Professor de Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Desde 2001, publicou diversas obras de ficção (Os Três Desejos de Octávio C., A Cura, Bach), teatro (Um Forte Cheiro a Maçã, Uma Carta a Cassandra, Um Punhado de Terra, Bela Dona), ensaio (Esquecer Fausto, Tentações, Os Ícones de Andrei, Constelações), crónica (Boomerang, Substâncias Perigosas). Publicou vários livros em França, na Roménia, no Brasil. As suas peças de teatro têm sido encenadas ou lidas em diversos países. A Assírio & Alvim publicou em 2014 o seu livro Bach.
(Nota de Imprensa Assírio & Alvim)