Quando eu era bem jovem, conheçi Jonh Steinbeck. Era o ano de 1964 e, Steinbeck acabara de ganhar o Nobel de Literatura em 1962. Quem me apresentou este livro foi um namorado que amava literatura e escrevia lindas cartas de amor, e fazia lindas serenatsa e me deu meu primeiro colar de pérolas. Mas, eu não o amava como ele desejava. Ele pensava em casamento, eu pensava em viajar… Voltei às origens!! Muito engraçado!
Bem voltemos ao que interessa – O livro era” I INVERNO DE NOSSA DESESPERANÇA.”( o escritor explora a divisão da América em duas: a primeira, que preza a moral e os valores, tais como respeito e ética, e a segunda, na qual se encaixa a família Hawley, marcada pelo comportamento em que cada um luta por si )
Eu sempre ávida por livros, devorei-o.
Pela 1a vez em minha vida senti um gosto amargo na boca. O livro deixou-me triste, e soube que a vida era carregada da miséria humana, tão longe da vidinha conchegante que vivia com minha família, toda protegida numa quase redoma de vidro, tal qual a rosa do Pequeno Príncipe,
Depois vieram outros livros, outros alumbramentos com os textos de maravilhosos autores- muitas descobertas.
Mas, voltando ao Inverno de Nossas Desesperanças, estou com um sentimento interior que não me abandona, um segundo sequer, depois daquele amontoado de “bondades”que foram anunciadas ontem. como se de repente a presidente e seus ministros, tivessem descoberto a pólvora.
Meu Senhor, se tudo estava tão claro, como eles deixaram transparecer, se bastava vontade política, se eles são tao sabidos de tudo e tão compressivos e misericordiosos ; porque foram tão desobrigados de tudo e de todos?
Se tinham consciência de nossas necessidades todas , por que não o fizeram nestes quase 13 anos?
Não há porque acreditar que tudo vai sair do papel e das promessas:
O plebiscito para convocar constituinte exclusiva, gera polêmica entre juristas.
Os 50 bilhões prometidos para a agora em moda, “mobilidade urbana,( metrôs, ônibus, etc…). vão sair de onde?
Só se parar com a delírio do trem bala, que vai ligar Campinas ao Rio sem atender demanda de transporte nehuma, pois não têm usuários pra usar diariamente este trem. Gaste-se esses bilhões, já com empréstimos em andamento. nos metrôs das grandes capitais.( José Serra , ontrem no RODA VIVA , TV Cultura)
A presidente viaja na maionese, também os conselheiro dela é um marqueteiro.
Luis Eduardo Cardozo, vai tentando aparar as arestas das sandices que fazem parte dos discursos de S. Excia. lembram-se dos aeroportos que ela ia mandar construir” às centenas ” pelos municípios brasileiros?
Enfim, não quero mais citar as promessas.
De promessas eu ando cheia. E tenho receio de que este Inverno das Nossas Esperanças torne-se tal e qual o título de John Steinbeck.
Que a voz das ruas não se cale, nem os políticos se aquietem ficando o dito pelo não dito.
Ercília Pollice