“… é uma multidão, é um exército que estamos a formar e não se trata aqui de pegar em armas, eu tenho uma arma na minha bagagem, mas não é disso que se trata, não queremos que as pessoas peguem em armas, pelo menos para já, queremos que as pessoas tenham boa memória, vejam pormenores, ganhem uma certa raiva que deve ser contida, controlada, concentrada, para mais tarde sair com mais força, mas no momento certo, em sincronia com milhares de outras tensões concentradas durante anos – trata-se de aumentar a raiva individual, mas ao mesmo tempo controlá-la, dizer; ainda não, chegará o momento, mas ainda não.”
Gonçalo M. Tavares