Oferece o canto O cuco A quem lhe faz o ninho. O labor Das abelhas Eleva-se das rosas…
À míngua da chuva Que os não veste Ao Sol se abandona A flor e o fruto. Só…
Na manhã Galopam cascos De cavalos mansos. Nas tuas mãos Sepulto O fuso. Herança Reflectida No luto Dos…
Na brancura das rosas A tua solidão O fel que macula os dias. Nos teus olhos Asas em…
Na tenda Feita de uns metros de plástico Roto e transparente Uma mulher Um homem e o vento…
Sobre o líquen dos seixos Patrício do rumorejo das alfarrobeiras Um rio avança a solidão do nome. Por…
Excerto do prefácio «[…] coração é que não falta nesta prosa escorreita por onde Soledade Martinho Costa nos…
Rodou nos gonzos O ranger antigo A sentir na mão a faca apetecida Com que rasgou o oiro…
Porque os tempos não eram O que hoje são Mais a voz se elevou A romper trevas A…
Sem ter novas de infantes Sem conquistas Navegar em mares de espanto Pelos dias. A sulcar horizontes Onde…
Talvez Eu seja agora Outra mulher. Talvez Que sobre mim Eu vista um novo olhar. Talvez em cada…
Olho em redor Mal desperta O dia acordou mais cedo do que eu. Pela cortina entreaberta da janela…
Dobaram-se nos anos das marés Sem outra condição Outro provir Que das areias Das conchas E dos limos…
O sopro da distância Traz-me o som sem palavras De um piano. Em voos de borboleta Que dedos…
Nas formas retratadas Os segredos. Em matizes Em assombros Em fulgores Sem aviso Sem final Sem começo.…
Actriz É habitar um palco. Ser Fédora Ou Zerlina A Castro A Mãe Coragem. Aquela Que…
As figueiras, despojadas de folhas, erguem, como braços apontados ao céu, os troncos esguios, num protesto. Ao verem…
A manter vivos Os nomes E a Casa Ser o eco da infância. À flor da pele A…
Nos dias sem data Repousa os olhos Na sede da paisagem. Aspira os cheiros da terra Lavrada, semeada,…
Na manhã Galopam cascos De cavalos mansos. Nas tuas mãos Sepulto O fuso Herança Reflectida No luto Dos…
Onde a magia dos Natais de outrora O presépio dos olhos da infância São José, a Virgem, o…