Ai se eu pudera
Ser outra vez primavera
Com a boca à tua espera
Com rosas rubras de orvalho
E fonte de água ao luar
No lume do teu olhar!
Ai meu amor tão eterno
De pérolas e de rubis
Esmeraldas que eu te dera
Se eu fora primavera
Na água pura a escorrer
Do alto da minha serra!
Mas a noite vem caindo
Aos poucos em pé de dança
E fica longe a lembrança
Do tempo que foi e era
O meu corpo a Primavera
Serenata à tua espera
Cabo da Boa esperança!
Maria Isabel Fidalgo
Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…
Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…