Palmira geme no ventre.
A terra agoniza debaixo das lágrimas.
Os filhos da treva
domadores do ódio
cavalgam às cegas
derrubam o Tempo
sepultam os deuses
ressuscitam a morte
em patamares onde a claridade era o nome das mães
a vestirem os filhos de risos.
O pastor suspende a flauta
lá também
e os bosques silenciosos
não nos pedem sílabas piedosas
nem misericórdia
nem pão.
Palmira é uma mulher despida
imensamente morta
às portas do Templo
e os vendilhões não dobram os joelhos.
maria isabel fidalgo
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