Prosa para 2014 | Domingos da Mota

 

 

Apesar do fedor de quem tresanda
nos altos e nos baixos corredores
do poder que desanda quando anda
ao dispor de corruptos detentores;

malgrado quem comanda e descomanda,
por grandes mordomias e favores
que tenha e conceda a quem desanda
debaixo do nariz dos auditores;

tendo em conta o pivete sobredito
que demove quem ouse remover
as teias do sombrio valhacoito,

pudesse desmentir o antedito.
Mas apesar da falta de poder,
bem-vindos sejam os meus sessenta e oito

Domingos da Mota

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