Eu queria o voar da cotovia
Estouvada na loucura das viagens
Para me dar à beleza das paisagens
Louca de brisa e maresia.
Eu queria a inocência do arcanjo
Com face de menino descarado
Como quem mastiga um papo d’anjo
Num canto do éden regalado.
Eu queria a boca do poeta
Que olha a vastidão enternecido
Sôfrego da noite do sertão
Como a dura fome dum mendigo.
Mas a idade vai subindo
Nos vastos corredores da minha casa
E mingam-me os sonhos que eram lindos
Na largura ainda azul da minha asa.
(num sonho impossível, em tarde de chuva)
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