Se calhar não te disse que as flores não abrem
que o chão despe a tarde desolado de água
que o meu coração parou no relógio da casa
onde habitaste de tempo o que já morreu.
Sem centelha de brancura
o negro sobe pelas paredes
em mortalha silenciosa
e é frio o sul da névoa.
Talvez te escreva ainda um verso
nos lençóis lisos da quietude
e no silêncio da carne
um acorde esquecido
acorde uma nota aguda
– uma breve paisagem-
na virilidade do papel.
maria isabel fidalgo
Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…
Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…
I A exemplo do que Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) disse do poeta argentino Rodolfo…
I Primeiro de uma série de cinco volumes, Poesia - Obra Reunida (Brasília: Universidade de Brasília/Thesaurus Editora,…
O professor Silas Corrêa Leite, jornalista comunitário, conselheiro diplomado em direitos humanos, ciberpoeta e blogueiro…