Poema | Gisela Gracias Ramos Rosa

 

 

Caímos como tordos sobre a areia
sem saber sem sabor sem tempo
para integrar a via luminosa do mundo.
Presente e futuro, a íntima anterioridade.
Oh! Quantas lembranças por cumprir num só tempo
do corpo, num só corpo de tempo
enquanto a esperança passa nua na rua que se estreita
na dissonante e ruidosa corrente de falas, impasses,
e maldade proclamada.
Trazei-me a límpida manhã, os pássaros, a cotovia
trazei-me o poeta que incansável traça a palavra
com a vénia do dia

Gisela Gracias Ramos Rosa

Das Letras

Share
Published by
Das Letras

Recent Posts

Gonçalo M. Tavares vence Prémio Literário Vergílio Ferreira 2018

Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…

7 anos ago

Gente Lusitana | Paulo Fonseca

Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…

7 anos ago