Sonhei com o quente sabor das tâmaras
a polpa cor de açúcar queimado
a trazer lembranças de leite-creme das avós
as fibras a prenderem-se nos dentes
a retardar prazeres a prolongar trabalhos
Acordei na areia da praia e
quando disse bom-dia saiu da minha boca
um fruto sem nome que tomou o caminho
dos navios ao longe.
Fechei os olhos mas não voltei a sonhar
com o sabor quente das tâmaras.
Abandonei a praia e passei a seguir a rota dos navios.
Licínia Quitério, em “DE PÉ SOBRE O SILÊNCIO”
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