O AMARGO E O DOCE | Carlos Bondoso

não inventei o grito da dor
nem o gemer do prazer
nem sequer o crescer dos dias
nem as noites e as suas sombras

colho flores nos jardins abandonados
e esqueço o silêncio da alma

na distância de um longo caminho
mil vezes corro e outras mil choro
o eco não se faz sentir
mergulha no vazio

rejuvenescem as forças

na luz
os corredores crescem
quando a solidão esquece o amargo e o doce

POR CFBB

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