daquilo que passou nada te prenda
não tenhas pena do que foi
do que não foste. inútil todo o lamento.
sê breve agora
nos sonhos e nos desejos
para que te caibam no tempo
e no passo.
esse tempo de nadas
a sacudir das crinas a poesia
das manhãs claras
nenhuma manhã te leve
ao engano
que nos relógios toldados
do ocaso é tarde. É tarde
nos teus olhos febris
na tua boca seca
de tanta realidade.
Lídia Borges
Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…
Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…