não é súbito o amor nem a força
nem a construção de um poema
íntegro como uma canção de pedra.
nem o brilho das palavras calcinadas
de dura mágoa antes da rua onde
a alegria floriu em cravos.
não é súbita a saudade, maria
mas de barro fica e luminosa
para memória das graças
leves e pequeninas nos longos voos
onde o olhar se estende para se lavar
do resto que não cabe num verso.
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