À míngua da chuva
Que os não veste
Ao Sol se abandona
A flor e o fruto.
Só da cigarra vem
O som que despe
No calor que se abriga
Em seu reduto.
Assim eu te comparo
Artesã acolhida em teu recanto
Na frágil aparência que te cobre
A tecer a força das palavras
Que em nosso olhar se espelha
E se descobre.
Soledade Martinho Costa
Do livro a publicar «O Nome dos Poemas»
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