morrer por dentro de ti lentamente é um gemido de sangue
não sei quantas vezes morri neste sufoco engelhado
mas a vida perde o fôlego sobre a franja da noite que se cola à janela
e a tua imagem gelou com flocos de neve triste
sobre um inverno que desce aos poucos sobre a idade.
se o tempo fosse de rosas havia de querer um jardim de novo
e um sol de abelhas havia de pedir-te
e um relâmpago de beijos e de oiro
sobre os meus lábios de cereja verde.
como um pão ceifado assim me estendo sobre o que sobra da vida
e aqueço as mãos por causa do frio
com um bafo de boca.
Maria Isabel Fidalgo
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