por mais que se saiba graníticoo chão desta terra que nos tem
impossível não amá-la.
é nestas oliveiras, nestes penhascos
nestes campos abertos aos ventos
aos corvos aos fenos
que os pássaros
celebram a luz nascente da manhã.
por mais que se queira
um coração secretamente fechado
há sempre um fresta
por onde se adentra a poesia.
um “parlar materno”
não por ser língua-mãe, apenas
mas pelo dizer menino que nos
faz soar aos ouvidos a água
o trigo, o abraço, a flor, o trevo, o riso…
por mais que se saiba granítico
o chão desta terra que nos tem
impossível não amá-la
assim curvada ao peso
de noites e noites sem sonhos.
e a poesia como um xaile de luz
amorosamente
traçada sobre o seu peito de brumas.
impossível não amá-la.
Lídia Borges
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