abençoado seja o sol que tomba sobre as rosas que florescem
em baldios ou terras livres
para adornarem as casas das mulheres sem jardins a florir
abençoada seja a mulher que canta depois do suor
com outra flor ao colo dilacerada de espinhos
abençoado seja quem ama as rosas magoadas
e lhes oferece uma jarra onde repousem
porque o dia é sempre delas
todos os dias a todas as horas
até no lençol
onde gemem desfolhadas.
depois de mortas
sem fonte no ventre.
maria isabel fidalgo
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