Vai de mal a pior este começo:
traçado o azimute, nesse rumo,
não quero estar na pele, pagar o preço
do frio que virá depois do fumo,
pois se fogo sem fumo não existe,
tanto fogo-de-vista, mesmo preso,
faísca como um fósforo que insiste
até que chega o dia em que, surpreso,
se descobre tão-só como um punhado
de cinzas a um canto da lareira:
há começos assim; outros, assado,
e muitos quando atiçam a fogueira
não cuidam de saber o santo-e-senha
para ter no inverno alguma lenha.
Domingos da Mota
[inédito]
Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…
Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…
I A exemplo do que Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) disse do poeta argentino Rodolfo…
I Primeiro de uma série de cinco volumes, Poesia - Obra Reunida (Brasília: Universidade de Brasília/Thesaurus Editora,…
O professor Silas Corrêa Leite, jornalista comunitário, conselheiro diplomado em direitos humanos, ciberpoeta e blogueiro…