Aquele banco de jardim abrigado pela árvore
tem histórias p’ra contar.
Fala de pássaros, de ninhos, de meninos a brincar.
Fala de um velhinho
que reparte pelos pombos saquinhos de afeição:
migalhas da migalha à sua mesa.
São eles os seus amigos, é com eles que conversa.
Conta dos filhos ausentes, do lar, da solidão…
Depois vem o outono expulsar os passarinhos
Vem o inverno p’ra ficar eternamente…
Porém uma manhã de repente
os pássaros voltam a encher de vida os ninhos
voltam os pombos, o sol e o riso dos meninos.
Mas algo se faz diferente, alguma coisa mudou.
À tarde, naquele recanto sombrio, o banco jaz vazio.
O velhinho não voltou.
Lídia Borges
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