Asa e a Luz, de Rabindranath Tagore

A Assírio & Alvim publica A Asa e a Luz, de Rabindranath Tagore, traduzido e apresentado por Joaquim M. Palma. O conteúdo desta edição em língua portuguesa compreende duas obras de Tagore: Stray Birds (Pássaros Perdidos) e Fireflies (Pirilampos), que têm em comum o facto de ambas estarem escritas num estilo literário que se expressa servindo-se de um número reduzido de palavras. Estamos, assim, no campo do aforismo, da epígrafe, do poema breve. A atmosfera onde este exercício literário se passa tem a ver com a natureza da ação do indivíduo neste mundo, sendo essa ação, na sua relação com o que está mais além da matéria, encarada segundo uma perspetiva unificada e unificadora suportada pelos pilares da paz, justiça e liberdade. Para falar das várias faces dessa relação, o autor vai servir-se da perene e humilde sabedoria, da frase simples mas profunda, da poesia rarefeita, do vulnerável silêncio, que às vezes se pressente espreitando por detrás do verbal e do escrito.

«A intolerância segura a verdade nas suas mãos com tanta força que a mata.»

Sobre o autor: Compositor, pintor e escritor de expressão bengali e inglesa, nascido em 1861 e falecido em 1941, o indiano Rabindranath Tagore foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1913. Como escritor, introduziu novas formas de prosa e de verso na literatura bengali. Simultanea-mente foi um mestre espiritual, um reformador social e um importante polemista, procurando promover um ideal de cultura e tolerância baseado na tradição hindu. Defendendo que a educação era a base de toda a sociedade, em 1901 fundou uma escola experimental em Shantiniketan que se transformaria, anos mais tarde, numa universidade onde se conjugava a tradição hindu com a ocidental. Durante toda a sua vida lutou por um projeto de cooperação internacional, realizando várias conferências por diversos países. O conjunto da sua obra é bastante variado: composições líricas, romances, contos, ensaios, obras dramáticas e autobiografias. Tagore foi sobretudo um poeta em cujas composições de expressão mística e patriótica, como em Gitanjali, se destacam as imagens simbólicas e um tom poético refinado e lírico. Além do prémio Nobel da Literatura, foi-lhe atribuído o título de cavaleiro do Império Britânico (1915), que renunciou como forma de protesto contra a repressão britânica na Índia.

(Nota de Imprensa da Assírio & Alvim)

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