preciso de ti
agora que as palavras me afloram
com o sabor ocre da terra
rugosas como fragas
com cheiro a resina e a musgo.
deixam nos ombros a friagem húmida
do nevoeiro, devorador de barcos
preciso que venhas
trazer às palavras o sabor do pão
o rumor antigo das searas e do vento
a lisura branca dos seixos
entre os dedos das crianças.
traz-me palavras com cheiro a maçã
redondas e doces como beijos de mãe
traz-me a alegria do sol presa num sorriso franco
falta-me
para adubar nos vasos os versos
que nada sabem das estações do ano
nem desta paixão tornada melancolia
vem musa, preciso de ti agora
não te esqueça a alegria.
Lídia Borges
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