(Narayama-Bushiko, Shohei Imamura, 1983)
O tempo urge. E a montanha além
já te vê com os olhos pedregosos;
se a quiseres subir, não tens ninguém
que te ponha no cimo. Sinuosos
são os trilhos perversos que ameaçam
do sopé da montanha até ao cume;
e os sinais abundantes espicaçam
quando mostram, além do azedume,
as mãos interesseiras que simulam
a manta mal dobrada atrás das costas,
enquanto, entre dentes, especulam
sobre o ónus da vida com que arrostas
e que aponta aos que atingem os setenta
o pico da montanha pardacenta.
Domingos da Mota
[inédito]
Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…
Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…
I A exemplo do que Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) disse do poeta argentino Rodolfo…
I Primeiro de uma série de cinco volumes, Poesia - Obra Reunida (Brasília: Universidade de Brasília/Thesaurus Editora,…
O professor Silas Corrêa Leite, jornalista comunitário, conselheiro diplomado em direitos humanos, ciberpoeta e blogueiro…