Um dia sentimos a brisa sobre a qual nos debruçamos. A brisa debruça sobre nós por já nos ignorar. Peço-te um momento para uma revelação. Antes de mais nada, uma navalha me corta com precisão cirúrgica porque não sou de segredos e a traição a mim começou numa estação de metrô trilhos carcomidos, eu via as ratazanas da plataforma e todas as famílias são iguais na felicidade mas cada qual mergulha no poço cavado por si e não há de se esperar corda de salvação.

Kátia Bandeira de Mello-Gerlach

Kátia Bandeira de Mello-Gerlach

Share
Published by
Kátia Bandeira de Mello-Gerlach

Recent Posts

Gonçalo M. Tavares vence Prémio Literário Vergílio Ferreira 2018

Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…

7 anos ago

Gente Lusitana | Paulo Fonseca

Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…

7 anos ago

Marcos Barrero, poeta de coração paulistano | Adelto Gonçalves

I A exemplo do que Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) disse do poeta argentino Rodolfo…

7 anos ago

Em homenagem a Cassiano Nunes | Adelto Gonçalves

                                                    I         Primeiro de uma série de cinco volumes, Poesia - Obra Reunida (Brasília: Universidade de Brasília/Thesaurus Editora,…

7 anos ago

Desvão de Almas, Miicrocontos, Editora Penalux, SP | Silas Corrêa Leite

O professor Silas Corrêa Leite, jornalista comunitário, conselheiro diplomado em direitos humanos, ciberpoeta e blogueiro…

7 anos ago