As botas embatem surdas com os olhos excitados, na terra de ainda veios vermelhos. Separamo-nos para iludir a nossa figura avolumada pela carga, por entre a ronceira folhagem de cheiros silvestres, que mal desarredonda a sua saia verde de chuva, esparge acossados animais que se arrojam como devaneios perseguíveis pelos cães ou pela nossa habilidade de gatilho, sobre o que agora em celeridade vital se encova no fundo raso do campo cada vez menos espaçoso, menos respirável, a presa já se embacia nos ramais da morte, a nossos pés.
Gabriela Ludovice
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