Tudo aconteceu. Alheio a qualquer batalha, a paisagem é este pátio retangular, muros de pedra e hera, nesgas de céu entre árvores copadas. Daqui a pouco, o ondear de vozes, restos de frases.
Alguém tosse dando aviso de mão. Quer falar e já não mais.
Eu sou o repositório de gestos, olhares fixos, solidões. Rostos e nomes que se diluem e fogem antes de resgatados: um exercício de cansaço.
Às vezes, a sensação de vagar em dois mundos. A hora da partida. A hora da chegada. E agora, ainda agora. Como nunca antes nada.
Ernane Catroli
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