Há uma zoada de coisas que se amontoam, arrastadas como vestuário longo sobrando do tamanho do corpo. Um ruído surge do serem compelidas até ali e soa como o estrépito já em lama que está fixado às solas dos soldados mortos. Alguém está a varrê-las devagar dentro da minha têmpora ora esquerda ora direita. Parecem-me conversas perigosas os seus altos e baixos de coisas sob a minha pele. Alinho os olhos como o faço aos pés quando pretendo andar, aludindo-os a um propósito. Há um límpido avoaçar de pó, ao fundo do meu cérebro. Devem ser as girafas.

Gabriela Ludive

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