O VALE DA TENTAÇÃO, de António Lopes

Talvez tudo tenha começado com a misteriosa colocação do padre António Serra numa aldeia do interior. Ou talvez com a suspensão do serviço religioso no lugar de São Sebastião da Ladeira, após o cura ter sido vítima de uma tentativa de agressão. Ou, talvez ainda, nas especulações que se geraram sobre os autores da ofensa.

Na verdade, toda a aldeia tinha bons motivos para não gostar de um padre com um comportamento pouco cristão: vivia com uma prima, a contrariada Hermengarda, era pai de uma rapariga e mantinha uma relação misteriosa com Diluviana, amada pelo intolerante João Pessanha. Por essa razão, as personagens que nos surgem vivem lado a lado com o sobrenatural, e os acontecimentos que se seguem nem sempre são o que parecem e conduzirão a um desfecho inesperado.

Reconstruindo com minúcia e humor um ambiente rural à beira da extinção, onde a vida não é fácil e se acredita que o Diabo anda à solta, O Vale da Tentação é uma obra que presta homenagem às histórias tradicionais, surpreende e seduz o leitor e confirma o talento literário de António Lopes.

António Lopes nasceu em 1964, no concelho de Pampilhosa da Serra. Em 1970, a sua família muda-se para Lisboa. Após a licenciatura em Filosofia pela Universidade Católica, inicia uma carreira de docência. Em 2003, a constante vontade de aprender fá-lo regressar à universidade, para estudar processos cognitivos e as suas dinâmicas evolucionárias na área dos valores. O resultado é um mestrado em Filosofia Social e Política, pela Universidade Nova de Lisboa.

Em 2014, publicou o romance Como se fosse a última vez, tendo depois colaborado no livro A Máquina Iluminada – Cognição e Computação. Inspirado em histórias tradicionais, O Vale da Tentação é a sua mais recente obra.

(Nota de Imprensa da Parsifal)

 

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