Cristina Carvalho reconstitui mais uma vida extraordinária, marcada pela paixão e pelo génio, numa obra que segue o percurso da sua vida, da sua arte e das mulheres – sempre as mulheres – que o amaram.

Um olhar perspicaz e intenso, que acompanha a escrita de uma narradora poderosa e, também ela, apaixonada pelo extraordinário da vida.
Baseado na vida de Amedeo Modigliani, o mítico pintor italiano cuja obra é considerada uma das mais importantes do século XX e a vida apesar de inspirar um fenómeno de culto, não é, afinal, tão conhecida quanto se pensa, Cristina Carvalho regressa ao terreno da ficção biográfica com um romance que põe em cena o pintor, contando-nos ele próprio a sua vida sempre difícil, muitas vezes miserável, conduzida pela paixão à arte, amparada por mulheres apaixonadas e alguns raros homens que lhe reconheceram o talento. Da luta contra a doença desde a infância à luta pelo reconhecimento numa Paris onde o génio borbulhava em todo o tipo de manifestações e a concorrência era muitas vezes impiedosa, mas onde a generosidade e a solidariedade encontravam também terreno fértil, Modi será sempre um príncipe exilado, por quem as mulheres se apaixonam sem apelo, por quem Picasso nutrirá uma antipatia feroz, em quem Amadeo de Souza Cardoso verá o génio artístico que muitos outros se recusam a ver, oferecendo-lhe amizade e exposição no seu atelier.
Numa narrativa a duas vozes em que narradora e personagem alternam e complementam pontos de vista e onde irrompem algumas outras vozes de mulheres – apenas mulheres – das mais fortes que o amaram, Modigliani, o Olhar e a Alma ficará como uma composição literária que observa uma vida em busca das cores e do espírito que a moveram, da tragédia e do génio, da escuridão e da luz.

Alguém comparou a mulher que se viu voar naquela manhã da janela de um quinto andar de Paris a um anjo. Mas não era um anjo, era Jeanne:
Jeanne Hébuterne, a menina-viúva, grávida de nove meses, de um dos artistas mais desprezados em vida e mitificados na morte que o século XX viu surgir – Amedeo Modigliani.
Diz-se que no funeral de Modigliani, para além de artistas, amigos e população dos bairros boémios de Paris, abundavam os marchands, fazendo ofertas pelas obras que o pintor, que dependera da bondade de amigos para a sobrevivência básica, nunca conseguira vender. Tinha 35 anos e estava gasto.

Mais um livro de Cristina Carvalho para leitores de todas as idades, que faz dela uma das autoras mais fielmente presentes nas listas do Plano Nacional de Leitura.

Sobre a autora
Cristina Carvalho nasceu em Lisboa a 10 de Novembro de 1949. Durante a sua actividade profissional, contactou com milhares de pessoas e visitou inúmeros países, sendo a Escandinávia e o Oeste português as regiões que mais ama e que mais influência exercem sobre o seu imaginário e a sua personalidade enquanto transitório ser humano do sexo feminino, habitante do planeta Terra e, por acaso, escritora. Não por acaso, nesta sua actividade a que não chama profissional, é já autora de mais de uma dezena de livros, e outros seguirão.

Fonte: Nota de Imprensa da Editora Planeta.

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