O vendedor de chapéus, que viera das Furnas, parou na loja do senhor Noé. Entre pilhérias e cálices de aguardente, todos os dias mestre José Pacheco “Ferro-Velho” passava lá quase todo o dia. O visitante propôs-lhe que fosse vender por si os doze chapéus que restavam, ficando metade do dinheiro da venda para cada um deles. O ferreiro não demorou a regressar, mas trazia ainda meia dúzia de chapéus. Entregou-os ao dono, e disse: “Eu já vendi os meus. Agora vai tu vender os teus.”
Daniel de Sá
Gonçalo M. Tavares venceu o Prémio Literário Vergílio Ferreira devido à "originalidade da sua obra…
Cornucópia rosada de carne palpitante… com neurónios, comandada puro arbítrio, caminhante… Permeável, errante… de louca,…