O vendedor de chapéus, que viera das Furnas, parou na loja do senhor Noé. Entre pilhérias e cálices de aguardente, todos os dias mestre José Pacheco “Ferro-Velho” passava lá quase todo o dia. O visitante propôs-lhe que fosse vender por si os doze chapéus que restavam, ficando metade do dinheiro da venda para cada um deles. O ferreiro não demorou a regressar, mas trazia ainda meia dúzia de chapéus. Entregou-os ao dono, e disse: “Eu já vendi os meus. Agora vai tu vender os teus.”

Daniel de Sá

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